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Amelia Earhart homenageada com um google doodle 115 anos depois do nascimento

amelia-earhartAmelia Earhart, pioneira na aviação dos EUA, é hoje alvo de uma homenagem com um google doodle, no dia do 115.º aniversário. Amelia Earhart foi distinguida com o prémio ‘The Distinguished Flying Cross’, por ter sido a primeira mulher a voar sozinha sobre o oceano Atlântico.

Amelia Earhart notabilizou-se na aeronáutica, onde estabeleceu diversos recordes, mas também escreveu livos que relatam as experiências que viveu nos céus. Amelia criou diversas organizações para mulheres que pretendiam pilotar, no âmbito de outro projeto de vida: Amelia Earhart foi uma acérrima defensora das mulheres. Hoje, 115 anos depois do seu nascimento, é homenageada com um google doodle.

Nasceu em Atchison, Kansas, a 24 de julho de 1897. Amelia Earhart viria a ser dada como desaparecida a 2 de julho de 1937, no oceano Pacífico, perto da Ilha Howland enquanto realizava um voo à volta do mundo. Durante os seus quase 40 anos de vida, Amelia estabeleceu diversos recordes, escreveu livros e fez dos direitos da mulher a sua luta. Earhart viria a ser declarada morta a 5 de janeiro de 1939.

Filha de Samuel Earhart e Amelia Otis Earhart, Amelia Mary Earhart nasceu em Atchison, Kansas. Amelia herdou o espírito aventureiro das crianças da família Earhart e dedicou-se, na infância, àquilo a que hoje se chamaria de desportos radicais, descendo encostas em trenós, por exemplo. A homenageada de 24 de julho com um google doodle construiu com o tio Earhart uma rampa que simulava uma montanha-russa.

Aos 11 anos, Amelia viu pela primeira vez algo parecido com um avião, numa Feira Estadual de Iowa, em Des Moines.

Amelia Earhart foi vítima do alcoolismo do seu pai, cuja dependência deixou a família em circunstâncias difíceis. A sua personalidade estava a ser moldada, numa altura em que é levada para Chicago. Amelia conclui o curso no Hyde Park High School, em 1916.

Nesta altura, Earhart visita uma feira aérea, em Toronto, onde assiste a uma exibição de um piloto da I Guerra Mundial. Soube-se mais tarde que o piloto fez uma aproximação das duas jovens que estavam a assistir ao espetáculo, para as assustar. “Acredito que aquele pequeno avião vermelho me disse algo, quando se aproximou”, diria Amelia, anos mais tarde.

Em 1920, visita um espaço de aeronáutica onde Frank Hawks (piloto que se tornaria famoso) proporciona-lhe uma viagem que mudaria a vida de Amelia Earhart. “Descobri que precisava de voar”, disse, sendo que todos os empregos que teve serviram para juntar dinheiro para aulas de voo, que Amelia começa em 1921.

Amelia Earhart compra um biplano Kinner amarelo em segunda-mão e começa a sua saga de recordes… Em 22 de outubro de 1922, Earhart voou a uma altitude de 14 mil pés, batendo um recorde mundial: foi a primeira mulher a fazê-lo. A 15 de maio de 1923, Earhart torna-se a 16.ª mulher a conseguir uma licença de voo da Fédération Aéronautique Internationale. E em 1927, a homenageada com um doodle acumula 500 horas de voo.

Até que Amy Phipps Guest, uma socialite americana, manifesta vontade em tornar-se a primeira mulher a atravessar o Oceano Atlântico. No entanto, percebe os perigos da viagem e desiste, mas tenta procurar uma jovem com coragem para cumprir essa viagem. Amelia Earhart participara numa viagem idêntica, mas não pilotou. No entanto, disse Amelia, “talvez um dia o faça sozinha”. E parte para a aventura.

O primeiro voo a solo, de longa distância, ocorre em agosto de 1928, sendo que Earhart torna-se na primeira mulher a efetuar um voo (sozinha) de ida e volta, na América do Norte. Em 1931, Amelia Earhart bate outro recorde mundial, de altitude, atingindo os 18 415 pés.

Já nesta altura Earhart liga-se à causa das mulheres, defendendo as mulheres-piloto. Em 1934, a corrida ‘Bendix Trophy’ baniu as mulheres, sendo que Ameila se recusa a voar, na corrida de abertura, extracompetição.

Aos 34 anos, a 20 de maio de 1932, Earhart partiu de Harbour Grace, Terra Nova, para voar para Paris. Catorze horas e 56 minutos depois, num voo com fortes ventos do norte, gelo e problemas mecânicos, Amelia Earhart pousou em Culmore, Irlanda do Norte. Um agricultor pergunta-lhe de onde voava. A resposta: “Da América”. No local, nasce um museu em memória de Amelia: o Amelia Earhart Centre”.

Amelia Earhart torna-se na primeira mulher a efetuar um voo sozinha, sem escalas, através do Atlântico e é distinguida com diversoas prémios, entre os quais o ‘Distinguished Flying Cross’, do Congresso dos EUA, a ‘Cruz de Cavaleiro’, do governo francês, e a ‘Medalha de Ouro’, da National Geographic Society.

Entre 1930 e 1935, Amelia bateu sete recordes de velocidade e distância para mulheres, até que define uma nova meta: um voo mundial. Em julho de 1936, recebe um Lockheed 10E Electra e iniciou o projeto, que implicaria o mais longo voo, com 47 mil quilómetros, em voos repartidos.

A 17 de março de 1937, Amelia Earhart e a sua equipa efetuam a primeira parte do voo, de Oakland (Califórnia) até Honolulu (Hawai). A viagem é retomada três dias depois de Luke Field mas uma falha técnica provoca o cancelamento do voo.

Em 2 de julho de 1937, Earhart e Noonan descolaram de Lae, no avião carregado, com destino à Ilha Howland, mas a aproximação não foi bem sucedida e perde-se o contacto com os pilotos.

Começam as buscas por Amelia e Noonan, que prosseguiriam até 19 de julho de 1937. Outras buscas da Marinha foram levadas a cabo, à procura dos pilotos, sem sucesso. Nenhum vestígio do Electra ou dos pilotos foi encontrado.

Amelia Earhart – que hoje é homenageada com um google doodle – desaparecia, deixando um legado de mulher carismática, persistente, corajosa. Amelia é recorrentemente lembrada como um ícone. Hoje, no 115.º aniversário do seu nascimento, é lembrada com um Google doodle.

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