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Ambulância multada na A8: GNR arquiva processo por “não existir infração”

acidente generica A ambulância dos Bombeiros de Óbidos cujo condutor foi multado por parar na A8, ao serviço do INEM, não cometeu qualquer “infração”. Após ter passado a polémica contraordenação, a GNR de Torres Vedras informou que o processo “vai ser arquivado”.

Na véspera de Natal, o caso da ambulância multada na A8 por causa de cadáver gerou uma onda de surpresa e até de polémica, com os Bombeiros de Óbidos, a quem pertence a viatura e o condutor autuado, a contestarem o modo como a GNR de Torres Vedras lidou com a situação.

No mesmo dia, a força militar ofereceu uma ‘prenda’ aos bombeiros: através de um comunicado enviado para vários jornais, a GNR fez saber que o processo iria ser arquivado.

“Depois de terem sido realizadas averiguações internas e ponderada toda a informação disponível sobre as circunstâncias que levaram ao levantamento de um auto de contraordenação, a Guarda Nacional Republicana informa que o expediente em apreço vai ser arquivado, por se ter verificado não existir infracção”, referia o texto enviado pelos militares.

O documento, segundo os vários jornais que o divulgaram, não revela se o condutor da viatura vai ser reembolsado dos 120 euros com que, a pronto, pagou a multa.

Recorde-se que a ambulância, dos Bombeiros de Óbidos mas ao serviço do INEM, teve que parar na A8 para que fosse prestada assistência à doente que transportava, de 80 anos.

A doente acabou por falecer no local e, alegando que as ambulâncias não podem transportar cadáveres, os próprios bombeiros chamaram as autoridades.

Quando a patrulha da GNR de Torres Vedras chegou, instruiu o condutor para movimentar a ambulância, lembrando que é proibido parar na berma de uma autoestrada. Os bombeiros contrapuseram que não podiam prosseguir a marcha com um cadáver a bordo, o que levou os militares a passar o auto de contra ordenação, multando o condutor em 120 euros.

Ao revelar o caso, o comandante dos Bombeiros de Óbidos, Carlos Silva, garantiu que tinha entrado em contacto com os responsáveis do INEM para garantir “que o bombeiro que conduzia a ambulância não seja prejudicado por fazer serviço voluntário e por cumprir a lei”.

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