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Amazónia registou o outubro com menos incêndios desde 1998

A Amazónia brasileira registou no mês passado 7.855 focos de incêndio, o menor número alguma vez registado num mês de outubro desde que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) começou a fazer essa monitorização, em 1998.

Segundo o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazónia (IPAM), citado pelo portal de notícias G1, essa diminuição dos incêndios deve-se a um conjunto de fatores, como “o início da temporada das chuvas em algumas regiões, assim como uma redução nas queimadas intencionais”.

Outubro contou também com o emprego de militares das Forças Armadas numa operação de “Garantia da Lei e da Ordem” (GLO), decretada pelo Governo brasileiro face à pressão internacional para travar os incêndios na região.

A redução do número de fogos na Amazónia “prova que uma pressão social e do mercado tem um efeito, quando existe uma resposta política”, declarou a investigadora do IMPAM Ane Alencar ao G1.

Por outro lado, o cenário na região do Pantanal – que abrange quase 2 por cento do território brasileiro, conhecido como uma das maiores extensões húmidas do planeta e santuário de uma fauna extremamente rica – é exatamente o oposto da Amazónia, com 50.000 hectares queimados nos últimos cinco dias.

O governo de Mato Grosso do Sul está a preparar uma grande operação para combater os focos de incêndio que afetam algumas áreas daquela região, principalmente nos municípios de Miranda, Aquidauana e Corumbá, segundo um comunicado.

Mais de 50.000 hectares, equivalentes a 50.000 campos de futebol, foram queimados em apenas cinco dias, um desastre que, segundo o governo regional, “nunca havia acontecido antes”.

O capitão dos bombeiros de Aquidauana, Vinicius Barbosa Gonçalves, responsável pelas operações de campo, informou que as fontes de incêndio estão concentradas principalmente no sul da região do Pantanal, reconhecido como Património Mundial pela Unesco e onde vivem centenas de mamíferos, peixes e aves.

“Estou aqui (na região) há pouco tempo, mas quem mora aqui há muito tempo diz que nunca houve incêndios tão intensos como esses. Uma área muito grande foi queimada, mas ainda não sabemos a extensão e as perdas”, disse o diretor de uma fazenda a região, Anderson Vargas.

O governo regional estendeu a proibição do uso de fogo em áreas do “bioma Pantanal” por 30 dias, com o intuito de evitar novos incêndios.

Os incêndios no Pantanal começaram há cerca de três meses, assim como os da Amazónia, coincidindo com a estação seca, mas intensificaram-se na última semana.

A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta, tem cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à França).

Lusa

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