O Presidente brasileiro Jair Bolsonaro disse hoje ter dúvidas sobre a vontade dos países do G7 de ajudarem a combater os incêndios na Amazónia e sugeriu que o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, esconde outros interesses.
“Será que alguém ajuda alguém, a menos que seja pobre, sem retorno? Isto é, sem esperar por algo em troca”, questionou Bolsonaro, junto à entrada do Palácio da Alvorada, sua residência oficial.
O chefe de Estado do Brasil mostrou a capa do jornal brasileiro “O Globo”, cuja manchete principal dizia: “Macron promete ajuda dos países ricos para a Amazónia”.
Com o jornal nas mãos, Jair Bolsonaro insistiu e perguntou: “O que eles querem na Amazónia por tanto tempo?”.
Sem mencionar qualquer país em particular, o Presidente brasileiro disse que, no final da semana passada, falou com “líderes excecionais” sobre a grave situação gerada pelos incêndios na Amazónia, que na sua opinião realmente desejam colaborar com o Brasil na luta contra as chamas.
No entanto, numa aparente alusão a Macron, acrescentou que não conversou com aqueles que, no seu entendimento, querem “continuar vigiando o Brasil”.
Os incêndios na Amazónia provocaram uma enorme onda de preocupação na comunidade internacional e geraram uma troca de palavras entre Bolsonaro e Macron.
O líder francês, que ameaçou não apoiar o acordo de livre comércio alcançado pelo Mercosul e a União Europeia, devido à alegada falta de compromisso de Bolsonaro com o ambiente, anunciou hoje que o G7 fornecerá uma ajuda imediata de 20 milhões de dólares (17,95 milhões de euros) para combater o incêndio na maior floresta tropical do mundo.
Na semana passada, Jair Bolsonaro criticou a decisão de Macron de levantar a situação gerada pelos incêndios à cimeira do G7 (países mais industrializados), que decorreu na cidade francesa de Biarritz.
“Lamento que o Presidente Macron procure instrumentalizar uma questão interna do Brasil e de outros países da Amazónia para obter benefícios políticos pessoais”, disse Bolsonaro.
Os desentendimentos entre o Governo francês e brasileiro acentuaram-se nas últimas semanas quando o ministro dos Negócios Estrangeiros da França esteve no Brasil e Bolsonaro se recusou a recebê-lo, alegando que tinha compromissos, mas apareceu pouco depois da hora marcada a cortar o cabelo numa transmissão no Facebook.
Depois disso, o aumento das queimadas na Amazónia motivou declarações públicas do chefe de Estado da França que colocaram em causa a assinatura do tratado de livre comércio entre União Europeia e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), assinado em 28 de junho, após 20 anos de negociações.
Numa declaração exibida nas cadeias de rádio e televisão, na sexta-feira, o chefe de Estado brasileiro afirmou que as queimadas na Amazónia não justificariam sanções comerciais ao Brasil.
O número de incêndios no Brasil aumentou 83 por cento este ano, em comparação com o período homólogo de 2018, com 72.953 focos registados até 19 de agosto, sendo a Amazónia a região mais afetada.
A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta.
Tem cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados e inclui territórios do Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa (pertencente à França).
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) brasileiro anunciou que a desflorestação da Amazónia aumentou 278 por cento em julho, em relação ao mesmo mês de 2018.
Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 30 de…
Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…
A propósito do Dia do Trabalhador conheça os maiores erros de ética empresarial Quando os…
A Guerra do Vietname terminou a 30 de abril de 1975. Hoje, recorda-se o mais…
Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC)…
Milhão: onde saiu hoje? Saiba tudo sobre o último código do Milhão de sexta-feira e…