Equipa de cientistas testou um exame ao sangue como forma de diagnosticar Alzheimer, ainda antes dos primeiros sintomas. Os investigadores, da Universidade de Saarland, na Alemanha, conseguiram elevada taxa de precisão: 93 por cento. O objetivo é caminhar no sentido do diagnóstico precoce.

A doença de Alzheimer, atualmente, só pode ser diagnosticada através de exames de cognição e ao cérebro, já com a doença em progressão, o que impede um diagnóstico precoce.

No entanto, esta realidade pode ser alterada. Cientistas alemães estão a desenvolver um trabalho de investigação que tem como finalidade conseguir detetar a doença através de um exame ao sangue.

O inovador método, que foi divulgado na revista Genome Biology, consiste na deteção de material genético no sangue, fragmentos que podem representar a impressão digital de Alzheimer, mesmo que o paciente nunca tenha apresentado qualquer sinal da doença.

Os cientistas analisaram fragmentos de código genético em doentes com mal de Alzheimer e em pessoas sem qualquer problema de saúde. Depois, estabeleceram comparação e detetaram elementos que estavam presentes apenas nas pessoas com a

Este trabalho – que contou com a participação de 200 pessoas, sendo que os cientistas conseguiram uma taxa de precisão muito alta: 93 por cento – abre caminho a que os tratamentos a Alzheimer possam ser realizados de modo precoce, antes de áreas do cérebro ficarem irreversivelmente comprometidas.

Apesar de tudo, este trabalho não é um ponto de chegada. São necessários novos estudos para avançar na precisão do exame e na sua exequibilidade. “Um exame de sangue para ajudar a detetar o Alzheimer e ser útil ao diagnóstico médico. No entanto, este exame deve ser aprofundado, antes de ser considerado válido para utilização em hospitais”, realça Eric Karran, da Alzheimer Research UK.

Recentemente, foi apresentado um tratamento que recorre a um método inovador, para travar Alzheimer.