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Alzheimer: Gene que aumenta risco descoberto em investigação com selo português

alzheimer2A variante de um gene, responsável pelo aumento do risco de padecer de Alzheimer, foi descoberta por uma equipa de investigadores, coordenada por uma cientista portuguesa. “É uma das mais influentes descobertas dos últimos vinte anos”, salienta Rita Guerreiro.

Está dado um passo muito importante na prevenção e tratamento da doença de Alzheimer, graças as um trabalho realizado por um grupo de investigadores, que foram coordenadores por uma cientista portuguesa, do University College of London.

Graças a este trabalho, será possível aumentar a eficácia dos medicamentos, no tratamento da doença. “Encontrámos no gene TREM2, bastante interessante para a doença, uma variante que estava significativamente aumentada no grupo de doentes de Alzheimer, em relação ao grupo de controlo”, resume, à agência Lusa, a cientista portuguesa.

Essa variante que está “significativamente aumentada” é a R47H, presente em cerca de dois por cento dos doentes que padecem do mal de Alzheimer e “em cerca de 0,5 por cento das pessoas sem a doença”, algo que se apresenta, aos olhos dos cientistas, como “estatisticamente significativo”.

Apesar de essa variante não ser responsável pelo aparecimento de Alzheimer, não deixa de ser “um fator de risco”, segundo salienta Rita Guerreiro. No âmbito da mesma investigação, foram identificados diversos genes potencialmente úteis, no futuro, para a comunidade médica e científica, na criação de terapias e no desenvolvimento de fármacos.

Trata-se de um passo importante no combate ao mal de Alzheimer, que quase não tem medicamentos de combate à doença. Rita Guerreiro considera que esta descoberta é “uma das mais influentes dos últimos vinte anos”.

“É um gene novo, que tem uma variante com risco médio ou forte”, salienta à Lusa a investigadora. Este trabalho, conclui, “vai permitir estudar novos genes, proteínas e moléculas, que vão interagir com este gene”.

Participaram nesta investigação 1092 doentes com Alzheimer, bem como um grupo de controlo composto por 1107 pessoas saudáveis. Oitenta cientistas estiveram envolvidos neste trabalho internacional.

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