Há uma nova forma, indolor, de detetar o Alzheimer. Uma equipa de cientistas do Japão assegura ter criado um teste, à base de análises sanguíneas, capaz de identificar a presença da doença ainda durante as fases iniciais.
Do outro lado do mundo vem uma notícia que vale a pena memorizar: há um novo teste para detetar o Alzheimer e que não implica dor.
De acordo com os cientistas da Shimadzu, uma empresa que realiza um projeto em parceria com o Centro Japonês de Geriatria e Gerontologia, no Japão, há um novo método de deteção da doença baseado nas análises sanguíneas.
Recorrendo a uma tecnologia desenvolvida e patenteada por Koichi Tanaka, que em 2002 foi distinguido com o prémio Nobel da Química, o novo teste analisa a acumulação das proteínas beta-amilóide, consideradas a causa mais provável do aparecimento do Alzheimer.
Na fase de ensaio, que contou com mais de 60 voluntários (idosos), o novo método comprovou que os participantes com Alzheimer foram acumulando as proteínas por um período superior a dez anos, isto ainda antes de manifestarem os sintomas da doença.
O teste demonstrou também que o sangue das pessoas com Alzheimer tem mais peptídeos APP669-711, os elementos responsáveis pela ligação entre aminoácidos.
Em declarações ao canal NHK World, o diretor do Centro de Desenvolvimento de Medicina Avançada para a Demência, Katsuhiko Yanagisawa, salientou que este novo método poderá ser aplicado como um teste de rotina para detetar o Alzheimer ainda numa fase inicial.
Quando tal acontecer, não serão necessárias as Tomografias por Emissão de Psitrões (as ‘PETScan’) nem a extração do líquido cerebrospinal, os dois testes atuais, complexos e dolorosos.