Por proposta da Plataforma de Apoio aos Refugiados, os alunos vão levar na mochila o que seria essencial para fugirem do país. A iniciativa decorre em mais de 600 escolas e tem o patrocínio do Presidente da República, mas para o PNR não passa de um “carnaval tardio”.
Intitulado ‘E se fosse eu?’, o desafio quer colocar as crianças e adolescentes portugueses na pele de refugiados, envolvendo alunos, professores e pais no debate sobre o grande tema da atualidade.
A iniciativa é uma cópia de um projeto já realizado na ilha de Lesbos (Grécia), uma das portas de entrada dos migrantes vindos de África e do Médio Oriente na Europa.
As crianças são desafiadas a esquecer os livros e o material escolar, por um dia, e usarem a mochila como se tivessem de fugir hoje. Comida, água, roupa, calçado, medicamentos, documentos, dinheiro… O que fazer quando não cabe tudo numa mochila?
A ideia da Plataforma de Apoio aos Refugiados foi acolhida pela Direção-Geral de Educação, pelo Alto Comissariado para as Migrações pelo Conselho Nacional de Juventude e até por Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente vai passar pela Escola Eça de Queirós (Lisboa), às 13h45, na companhia do ministro da Educação (Tiago Brandão Rodrigues), para mostrar um apoio total à iniciativa.
“Carnaval tardio”
Mas também há quem considere esta ideia “um Carnaval tardio”, como o Partido Nacional Renovador.
“A escola, cada vez mais, está transformada num instrumento de propaganda e não de ensino, ao serviço de um liberalismo ‘democrático’ e politicamente correto”, acusam os nacionalistas, através da página no Facebook: “Pretende, assim, formatar seres ainda frágeis, que são moldados pelo que lhes impingem e influenciados por uma solidariedade falsa e de interesses obscuros”.
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