Alterações climáticas exigem ação urgente, defendem cientistas
A 23.ª Conferência das Nações Unidas sobre Clima, em Bona, resultou num aviso conjunto por parte dos mais de 15 mil cientistas presentes. É urgente algumas ações que ajudem a travar as alterações climáticas que estão a destabilizar o planeta, causadas pelos calores recordes, a subida dos oceanos e as emissões de dióxido de carbono.
Depois de 2016 ter sido considerado como o ano mais quente de sempre, o corrente ano deverá figurar entre os três mais quentes desde que há registos, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial.
O gelo antártico atingiu mínimos nunca vistos anteriormente enquanto os glaciares dos Alpes continuam a derreter.
De acordo com dados do Global Carbon Project, as emissões de dióxido de carbono associadas à indústria e queima de combustíveis fósseis poderão conhecer, também este ano, uma nova máxima de 36,8 mil milhões de toneladas – um aumento de 2 por cento face ao ano de 2016, já tido como um recorde nesta temática.
A Terra aproxima-se de um “ponto de viragem”, avisam os cientistas, o que poderá conduzir a alterações climáticas irreversíveis. A ausência de medidas que travem esta problemática poderá significar, no futuro, que partes da Amazónia se transformem em savanas, por exemplo, ou que o oceano Atlântico sofra alterações profundas.
Além deste aviso, os cientistas alertam também para o facto do número de secas, incêndios florestais, cheias e furacões ter duplicado, anualmente, desde o ano de 1990.