Alpiarça: deputada questiona o Governo sobre a falta de médicos no Centro de Saúde

A saída dos médicos cubanos deixou o Centro de Saúde de Alpiarça com apenas dois clínicos, situação que se mantém desde o final de junho. A deputada Heloísa Apolónia pergunta ao Governo “porque razão não foram, antecipadamente, tomadas medidas para evitar a situação atual”.

Em Alpiarça, há apenas dois médicos para assegurar todo o serviço do Centro de Saúde, depois do contrato dos clínicos cubanos ter terminado no final de junho. Desde então que os utentes desesperam para marcar uma consulta ou, simplesmente, pedir uma receita. Desses dois, apenas um está agora ao serviço, visto que o outro está a gozar as merecidas férias.

“Esta situação dificulta ainda mais o acesso aos cuidados básicos de saúde, nomeadamente aos utentes sem médico de família, e pode mesmo vir a colocar em risco a vida dos doentes crónicos por dificuldades de acesso ao receituário necessário”, critica Heloísa Apolónia, deputada de Os Verdes.

Na Assembleia da República, a deputada questionou o Ministério da Saúde “porque razão não foram, antecipadamente, tomadas medidas para evitar a situação atual”, tanto mais que “o período de férias dos médicos já deveria ser do conhecimento dos serviços”. Na atual situação, o único médico de serviço tem um dia por semana para realizar as oito consultas de recurso destinadas aos utentes que não integram o seu ficheiro clínico.

No mesmo requerimento, Heloísa Apolónia interroga se “já foram equacionadas outras soluções para garantir a prescrição do receituário dos doentes crónicos”, que têm sido os mais prejudicados pela situação, dada a extrema dificuldade para obter uma receita.