Almeida Henriques, secretário de Estado Adjunto, convidou as “empresas portuguesas” de construção civil “a internacionalizarem-se”, pois era um setor “dependente” do investimento público num país onde o desemprego “pode potenciar a instabilidade social”.

O convite à emigração não é apenas para os cidadãos: as empresas também podem procurar oportunidades no estrangeiro. Hoje, o secretário de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, citou o exemplo da Argélia, onde “fechou-se um negócio para a construção de 50 mil habitações, que vai envolver 30 empresas da área da construção civil”.

“O futuro está muito no ajudar as empresas portuguesas a internacionalizarem-se”, reforçou o governante, defendendo o esforço de reindustrialização de um país onde “o desemprego pode potenciar a instabilidade social”.

“A economia portuguesa, além da conjuntura que temos, tem estado a fazer um ajustamento, pois era muito dependente, por exemplo, do setor da construção civil. Deixou de haver obra pública nacional e o ajustamento tem de, obviamente, ser feito”, destacou o secretário de Estado.

O convite à internacionalização das empresas nacionais foi feito em Cabo Verde, onde Almeida Henriques prepara a cimeira bilateral agendada para dezembro. Hoje, o governante visitou a 16.ª edição da Feira Internacional de Cabo Verde (FIC), na cidade da Praia.

O secretário de Estado não comentou os dados do Instituto Nacional de Estatística sobre o desemprego, que atingiu uns históricos 15,8 por cento, preferindo realçar que no atual quadro comunitário de apoio há ainda 3500 milhões de euros, para obras em curso e para concursos a lançar até final de 2013.