Ciência

O Alien de Atacama tem genes que não são humanos

Subsiste o mistério sobre o Alien de Atacama, um esqueleto encontrado em 2003 no deserto mais árido do mundo. A maioria do genoma analisado é humano, mas há uma diferença de nove por cento…

Desde que foi descoberto que este esqueleto, com apenas 15 centímetros, está envolto em polémica. O Ata (um diminutivo carinhoso de Alien de Atacama) parece um bebé prematuro ou um feto abortado, mas apresenta várias deformações que o retiram da espécie humana.

A principal diferença está nas costelas: o Ata tem dez, enquanto os humanos têm 12.

Depois, a cabeça tem um formato cónico, o que alguns cientistas explicaram como sendo uma doença, a turricefalia (ou oxicefalia), uma má-formação cefálica congénita.

Este formato cónico da cabeça é acentuado pelo aspeto ‘espremido’ dos maxilares.

Como o esqueleto integra uma coleção privada, os cientistas tiveram de esperar até 2012 para poderem realizar uma bateria de testes. Os resultados foram analisados e começam agora a serem debatidos publicamente.

Os resultados preliminares da análise genética confirmam que o Alien de Atacama é de origem humana. No entanto, a amostra analisada apresentou uma diferença de nove por cento face ao genoma humano de referência.

A opinião é quase consensual: essa diferença de nove por cento está dentro do intervalo admissível para contaminação ou degradação do material genético.

Além disso, os resultados preliminares confirmaram também um haplótipo (bloco de genes hereditários) típico do Chile, o que é considerado como prova de que a mãe do ‘Ata’ era da região.

Tudo indica que o Alien de Atacama é humano, certo? Pois… mas ainda falta explicar a dentição. A análise à densidade do fémur permitiu datar os ossos como sendo os de uma criança de entre 6 a 8 anos, mas o Ata tem dentes de adulto…

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