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Aliança com derrota histórica, PS sem motivos para erguer os braços

votoO que disseram os eleitores, nas eleições europeias deste domingo? Que não estão ao lado Aliança, da maioria PSD/CDS, que não veem no PS uma alternativa credível e que dão credibilidade crescente à CDU. Disseram ainda que o Bloco é um projeto a perder força e que há personalidades com um poder de que os partidos precisam. Os 66 por cento de abstenção não surpreendem.

Da derrota histórica da maioria de direita, composta pelo PSD e CDS, à ‘vitória’ com muitas aspas de um PS que não descola, as eleições europeias transmitiram diversas mensagens.

E talvez os resultados alcançados pelos partidos com assento parlamentar (exceção feita à CDU, que reforça a sua votação) sejam reveladores de um fenómeno: os partidos que alternam a governação estão perante uma nova realidade.

As eleições europeias têm as suas especificidades, desde a abstenção historicamente elevada, à tendência para o voto de protesto em projetos alternativos, como se verificou com o MPT de Marinho Pinto.

Mas o próximo ato eleitoral – as legislativas de 2015 – poderá confirmar a seguinte evidência: PSD e PS estão ‘obrigados’ a um consenso, porque a missão de conseguir uma maioria é impossível.

O esperado cartão amarelo à maioria PSD-CDS não serviu para o reforço de uma alternativa de poder. E o PS vê a esquerda incapaz de lhe devolver a força que seria necessária para vencer o próximo ato eleitoral com a margem de manobra necessária.

É difícil encontrar um vencedor, nas eleições de ontem. Não subestimando o resultado de Marinho Pinto, é preciso perceber a real valia daquele projeto.

O PSD e o CDS são a face de uma direita a pagar o preço da governação.

O PS não se apresenta como alternativa e a CDU cresce devagar. O Bloco afunda-se, para debaixo da Terra.

O eleitorado dispersa-se e fica a ideia de que os partidos podem ficar reféns de movimentos que com uma mão cheia de eleitorado poderão fazer a diferença.

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