O desmantelamento dos modelos sociais, com a desculpa de constrangimentos financeiros, seria “um erro” para a União Europeia. No entender do presidente da Comissão, Durão Barroso, “o que é necessário é adaptar o modelo social aos novos desafios e constrangimentos”.
Será “um erro” que, com base nas dificuldades financeiras, alguns países avancem com o desmantelamento do modelo social em vigor na União Europeia (UE). Foi o português Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia (CE), Durão Barroso, quem assumiu a discordância em relação às correntes que defendem uma alteração aos modelos sociais para fomentar a competitividade: “a Comissão discorda desta análise precisamente porque (podemos vê-lo na prática) alguns dos países mais competitivos na Europa e do mundo são precisamente aqueles que são mais ativos em termos da Europa social que queremos construir”.
“Temos realmente uma tarefa importante no sentido de melhorar a nossa competitividade, especificamente em alguns dos nossos Estados-membros”, reconheceu Barroso, “mas seria um erro, de todos os pontos de vista, tentar desmantelar o Estado social, tentar desmantelar os nossos modelos sociais, e isto é particularmente importante para os países que estão sob programa e que agora sentem a pressão dos constrangimentos económicos e orçamentais”.
O presidente da CE defendeu esta ideia na conferência sobre o emprego que, hoje e amanhã, decorre em Bruxelas, com a finalidade de debater políticas de emprego mais sustentáveis e que impulsionem a retoma económica.
