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“Alguém devia ter carregado no botão de pânico para a saída do ministro?”

Chamado ao Parlamento para explicar a morte de Ihor Homeniuk em instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em março, o ministro Eduardo Cabrita ouviu vários pedidos para que apresente a demissão.

Uma das intervenções mais incómodas para o governante pertenceu a Inês Sousa Real, com a deputada do PAN a perguntar se “alguém devia ter carregado no botão de pânico para a sua saída”.

Carlos Peixoto, do PSD, classificou o ministro da Administração Interna como “um zombie político”, capaz de chorar “lágrimas de crocodilo” depois de indemnizar a família da vítima “a reboque dos acontecimentos”.

O deputado da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, acrescentou que “ninguém entende o que o ministro ainda está a fazer no cargo”.

Pelo CDS, João Almeida defendeu que “quem falha tanto não pode, obviamente, manter-se em funções”.

Eduardo Cabrita foi reagindo aos diversos ataques, salientando que a primeira versão que lhe foi comunicada referia que a morte de Ihor Homeniuk se deveu a “causas naturais”.

O ministro adiantou que foram abertos processos disciplinares a 12 inspetores do SEF e a uma funcionária administrativa.

A morte de Ihor Homeniuk foi “uma circunstância absolutamente tenebrosa e inaceitável”, que “não tem nada a ver” com os valores que fazem de Portugal “uma referência na integração de imigrantes”, frisou.

O governante disse também aos deputados que a reforma do SEF vai começar “já no início de janeiro” e irá envolver quatro Ministérios (Administração Interna, Negócios Estrangeiros, Presidência e da Justiça), devendo prolongar-se por seis meses.

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