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Alexandre Camacho não coloca de parte competir no continente “mas orçamento é essencial”

Ao vencer a 60ª edição do Rali Vinho da Madeira Alexandre Camacho garantiu o seu quarto título regional da especialidade e a terceira vitória consecutiva.

Juntamente com Pedro Calado e aos comandos do Skoda Fabia R5 do Team Vespas o piloto insular venceu 13 das 19 especiais que compunham a prova do Clube Sports Madeira.

Foto: AIFA

Os recordes são importantes para Camacho, que admite pensar mais alto, mas também tem os ‘pés assentes na terra’. Para já saboreia mais um cetro e mais um êxito na prova mais importante da ‘pérola do Atlântico’.

“Foi tudo fruto de muita dedicação. Somos amadores e subimos a um pódio com duas equipas oficiais, portanto quero dar os parabéns à minha equipa e também ao muito público madeirense e não madeirense que esteve a assistir ao rali e a puxar por nós. E também aqueles que nos têm apoiado financeiramente”, afirma Alexandre Camacho.

O tetracampeão madeirense destaca que “foi sobretudo fruto de muito trabalho e esforço. As coisas ‘não caem do céu’. A vitória teve muito de mental”. Referindo também: “Na sexta-feira, quando ficamos com o Pepe (Lopez) à nossa frente ele respondeu forte e nós não estávamos à espera que ele andasse daquela maneira e tivemos de imprimir um andamento forte”.

Nestes casos de pressão não cometer um erro mas manter o ritmo é essencial, pelo que o triunfo de Camacho teve também uma componente de gestão de andamento. “É sempre difícil, porque às vezes não conseguimos ‘levantar o pé’ e dizer que só queremos ganhar ou perder um segundo. Há aqui uma gestão muito grande e uma parte emocional também muito forte. Temos que estar bem focados no que queremos e é para isso que trabalhamos sempre”, explica.

Ser tantas vezes campeão na Madeira e vencer a prova mais importante da ilha não faz Alexandre Camacho deixar de querer mais: “Isto é como almoçarmos, depois ficamos com fome e queremos jantar. Para o ano já tenho fome para querer ganhar outra vez”.

Passar para o nível seguinte, competir no Campeonato de Portugal de Ralis é algo que o Campeão da Madeira não perde de vista, mas é preciso que estejam reunidos os meios necessários para que tal aconteça. “Todos os anos é a mesma história. Mas isto depende muito de orçamento e de patrocinadores. Obviamente que nunca coloco nada de parte, mas essa parte é essencial e importante”, remata.

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