“No que diz respeito às exportações de armas, não podem ocorrer no atual momento. Concordo com todos aqueles que dizem que as exportações não podem interferir na situação em que estamos, mesmo que as vendas sejam já limitadas”, disse Merkel aos jornalistas, à saída de um encontro do partido, a União Democrata Cristã (CDU).
Para a chanceler, “ainda há coisas que devem ser urgentemente esclarecidas” pelas autoridades sauditas sobre a morte do jornalista Jamal Khashoggi.
Segundo a agência France Press, este ano a Alemanha autorizou 416,4 milhões de euros de exportações de armas para a Arábia Saudita.
Jamal Khashoggi, 60 anos, entrou no consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, no dia 02 de outubro, para obter um documento para se casar com uma cidadã turca e nunca mais foi visto.
O jornalista saudita, que colaborava com o jornal The Washington Post, estava exilado nos Estados Unidos desde 2017 e era um reconhecido crítico do poder em Riade.
No sábado, a Arábia Saudita admitiu que Jamal Khashoggi foi morto nas instalações do consulado saudita em Istambul. Durante vários dias, as autoridades sauditas tinham afirmado que ele saíra vivo do consulado.
Hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros saudita, Adel al-Jubeir, afirmou que não sabe “onde se encontra o corpo” do jornalista, considerando que a sua morte foi “um erro monumental”.
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