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Alemanha reconhece Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela

A Alemanha reconhece o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como Presidente interino da Venezuela, pedindo-lhe que prepare “rapidamente” novas eleições, anunciou hoje a chanceler alemã, Angela Merkel.

Guaidó “é o Presidente interino legítimo do ponto de vista alemão e também para muitos países europeus”, indicou Angela Merkel, numa reunião, em Tóquio, com o seu homólogo japonês.

“[Juan] Guaidó é agora a pessoa com quem estamos a falar e esperamos que inicie um processo eleitoral o mais rápido possível”, realçou a chanceler alemã, após a recusa do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em responder favoravelmente ao ultimato que tinha sido lançado por vários países europeus para organizar novas eleições presidenciais.

“Esperamos que este processo seja feito de forma rápida e pacífica”, acrescentou Merkel.

Em Berlim, a porta-voz do Governo alemão, Martina Fietz, referiu que a Alemanha espera que Juan Guaidó prepare um “período de transição” que conduza a eleições “credíveis”.

Portugal, Espanha, França, Alemanha, Holanda e Reino Unido tinham dado oito dias a Maduro para convocar eleições, um prazo que terminou no domingo.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou no domingo a possibilidade de abandonar o poder ou de convocar novas eleições presidenciais no país, porque não aceita “ultimatos de ninguém”.

Falando ao canal televisivo espanhol La Sexta, Maduro sustentou que “[o Presidente dos Estados Unidos] Donald Trump impôs ao Ocidente uma política equivocada” sobre a Venezuela e declarou: “Não vamos submeter-nos”.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres.

Nicolás Maduro, 56 anos, chefe de Estado desde 2013, recusou o desafio de Guaidó e denunciou a iniciativa do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

Esta crise política soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas.

Na Venezuela, antiga colónia espanhola, residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.

Lusa

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