As previsões apontavam para a subida das exportações em julho, na Alemanha, mas os resultados foram uma surpresa: o indicador caiu 1,1 por cento face a maio, isto no mês anterior às eleições legislativas.
A Alemanha vai a votos, a 22 de setembro, para definir o Governo que vai gerir o ‘motor da Europa’, pelo que os indicadores hoje apresentados são um duro golpe para a chanceler e candidata Angela Merkel. Com a Zona Euro em recuperação, os analistas esperavam uma subida das exportações alemãs, mas para surpresa geral o indicador caiu em julho.
Na comparação mensal, as exportações germânicas desceram 1,1 por cento, ao invés de subirem os 0,7 por cento avaliados pelos economistas da Bloomberg ou os 0,8 por cento apontados por uma sondagem da Reuters. As perspetivas apontavam para a manutenção da tendência de subida, uma vez que em maio as exportações alemãs tinham trepado 0,6 por cento.
O cenário agravou-se ainda com o aumento das importações, que também surpreendeu os analistas. Depois da descida de um por cento em maio, a Alemanha comprou mais meio ponto percentual ao exterior em julho, confirmou o gabinete de estatísticas do país. A balança comercial reduziu o lucro para os 16,1 mil milhões de euros, resultantes dos 93,4 mil milhões de euros de exportações menos os 77,3 mil milhões em importações.