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Alegado corte de medicamentos no São João leva Os Verdes a exigir esclarecimentos ao Ministério

hospital sao joaoO alegado corte de fornecimentos a doentes com esclerose múltipla no Hospital de São João levou O partido Os Verdes a exigir explicações ao Ministério da Saúde: “por que razão têm de ser os doentes a pagar com a saúde o diferendo” entre a instituição e o fornecedor?

O alegado corte de fornecimentos a doentes com esclerose múltipla, já negado pelo Conselho de Administração do Centro Hospitalar de São João, ainda está por esclarecer, pelo menos no entendimento de Os Verdes. O partido entregou hoje, em Assembleia da República, um requerimento a exigir explicações ao Ministério da Saúde.

“Que medidas vai tomar para que estes doentes não sejam prejudicados nas suas terapêuticas?” A sustentar esta pergunta, o deputado José Luís Ferreira adianta ter indicações de que “vários doentes com esclerose múltipla, que são seguidos no Hospital de São João, estão a ser aconselhados a consultar o médico para alterarem a terapêutica”.

O partido Os Verdes admite que na base desse procedimento poderá estar a dívida do Hospital de São João (HSJ), no Porto, ao fornecedor, como salientou o deputado: “esta situação, ao que apurámos, prende-se com a dívida que o HSJ tem para com o fornecedor do medicamento REBIF e de o Conselho de Administração não ter encomendado o respetivo medicamento”.

A ser isto verdade, continua José Luís Ferreira, “por que razão têm de ser os doentes a pagar com a sua saúde o diferendo que opõe o Conselho de Administração do HSJ à empresa fornecedora do medicamento”?

Da parte do fornecedor do REBIF, também segundo o deputado, “não há qualquer género de restrição ao fornecimento do seu medicamento ao Centro Hospitalar de São João, EPE”, tendo a empresa referido a Os Verdes que a “alteração da medicação em doentes controlados pode provocar alterações significativas e por vezes irreversíveis do nível de saúde do doente”.

No pedido de esclarecimento, o partido realça que “o condicionamento ao acesso dos medicamentos necessários aos doentes com esclerose múltipla é uma violação do direito de acesso universal e equitativo aos cuidados de saúde”, ao mesmo tempo que aponta a “a especificidade do tratamento desta doença”.

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