Desporto

Alegada toupeira do Benfica sai da cadeia

O funcionário judicial suspeito de passar informações ao Benfica, José Augusto Silva, vai ser libertado ainda durante esta quarta-feira.

O funcionário judicial José Silva, arguido no processo e-toupeira, teve a sua medida de coação atenuada de prisão preventiva para obrigação de permanência na residência (prisão domiciliária), com vigilância eletrónica, disse hoje à Lusa fonte judicial.

José Silva era o único acusado no processo que se encontrava com a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva.

O Ministério Público acusa o oficial de justiça de 76 crimes: um de corrupção passiva (em coautoria), um de favorecimento pessoal, seis de violação de segredo de justiça, 21 de violação de segredo por funcionário, nove de acesso indevido, nove de violação do dever de sigilo, 28 de falsidade informática e de um crime de peculato (apropriação indevida de dinheiro público).

O processo envolve a SAD do Benfica, acusada de 30 crimes, e o seu ex-assessor jurídico Paulo Gonçalves, cuja saída dos ‘encarnados’ foi, entretanto, anunciada na terça-feira. Paulo Gonçalves é acusado de 79 crimes.

O Ministério Público (MP) acusa dois funcionários judiciais, a SAD do Benfica e um seu colaborador de vários crimes, incluindo corrupção, favorecimento pessoal, peculato e falsidade informática, no caso e-toupeira.

O MP “requereu o julgamento em tribunal coletivo por factos apurados no âmbito do inquérito referente aos acessos ao sistema CITIUS”, conhecido por e-toupeira.

A Operação E-Toupeira teve início há mais de um ano e meio, com o objetivo de averiguar “o acesso ilegítimo a informação relativa a processos que correm termos nos tribunais ou Departamentos do Ministério Público a troco de eventuais contrapartidas ilícitas a funcionários”, como a Polícia Judiciária esclareceu em comunicado.

Há suspeitas de que Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico do Benfica, tenha montado uma rede, junto do sistema judicial, para recolher para o Benfica informações de processos que corriam, sobretudo, no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa.

 

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