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Alegada fraude dos atestados médicos era liderada por autarca

Um autarca de Porto de Mós foi detido por ser o alegado líder de uma rede que enganava a Segurança Social. António Almeida, deputado municipal, ficou em prisão preventiva. A fraude seria cometida com falsos atestados médicos para permitir pensões por invalidez.

Aos poucos começam a ser conhecidos os detalhes da alegada fraude à Segurança Social, que esteve na origem de quatro detenções realizadas na segunda-feira.

De acordo com a Polícia Judiciária (PJ), foram detidos dois médicos, um funcionário da Segurança Social (SS) e um reformado (que trabalhou na SS) pela prática dos crimes de fraude contra a Segurança Social, corrupção e associação criminosa.

Esta rede, cujos membros têm idades entre os 57 e os 63 anos, é suspeita de enganar a SS ao passar falsos atestados médicos para que fossem atribuídas, indevidamente, pensões de reforma por incapacidade.

O primeiro interrogatório, no Tribunal de Leiria, levou a que fossem decretadas várias medidas de coação, o que permitiu apurar alguns detalhes sobre as suspeitas.

António Almeida, antigo funcionário da SS e que é deputado municipal em Porto de Mós, ficou em prisão preventiva. Seria, na opinião das autoridades, o cabecilha da rede.

Para além de angariar os ‘interessados’, António Almeida seria o responsável para encaminhar os casos para os consultórios (ambos em Porto de Mós) dos dois médicos que também foram constituídos arguidos e por acompanhar a tramitação dos processos na Segurança Social, sendo que neste campo seria assistido pelo quarto detido, que trabalhava no Centro Nacional de Pensões, em Entrecampos.

Os restantes três elementos foram libertados mediante o pagamento de cauções: 40 mil euros para um dos médicos, 20 mil para o outro e mil euros para o funcionário da SS.

io da Segurança Social no ativo terá de pagar uma caução de mil euros.

Os arguidos “terão de entregar os passaportes, estão proibidos de se ausentar do país e de contactar entre eles”, acrescentou António Sintra, coordenador da PJ de Leiria.

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