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Álbum com melodias fadistas inéditas de José António Sabrosa editado em setembro

A Academia da Guitarra Portuguesa e do Fado (AGPF) edita em setembro um disco com composições de José António Sabrosa (1915-1987), como os fados Defesa ou Tia Dolores, e melodias inéditas recolhidas pelo guitarrista José Pracana (1946-2016).

A edição do CD, no dia 07 de setembro, surge associada às celebrações do centenário da fadista Maria Teresa Noronha (1917-1994), que foi sua mulher. José António Sabrosa “teve uma importância decisiva na sua carreira”, disse à agência Lusa o presidente da AGPF, Nuno Siqueira.

“A AGPF entendeu que era indispensável estender a homenagem a Maria Teresa de Noronha ao seu marido, que foi um exímio guitarrista e tinha um dom notável para a composição” fadista, adiantou aquele responsável.

O disco abre com “Primeiro Fado”, um dos inéditos, que é agora editado, ao lado de “O Fado”, “Fado das Pedras”, “Fado Bairro Alto”, “Fado Penalva”, “Fado Sabrosa”, “Fado das Caldeiradas” e “Variações sobre o Fandango”.

Sobre a composição de José António Sabrosa, Nuno Siqueira, que também é poeta e guitarrista, afirmou que o músico “conseguia fazer uma mistura de tons maiores e tons menores, e de harmonias, com um resultado lindíssimo”.

Os temas inéditos, “que ninguém conhece”, foram gravados pelo guitarrista José Pracana, “nos muitos convívios musicais que teve com José António Sabrosa, de quem era muito amigo”.

Nuno Siqueira realçou a importância desta edição discográfica, ao resgatar “melodias notáveis, que corriam o risco de se perder”.

Além dos inéditos, o CD inclui os já conhecidos “Fado da Portagem”, “Fado da Defesa”, “Fado José António de Quadras”, “Fado da Tia Dolores”, “Fado José António de Sextilhas” e “Fado Velho”.

Todas as melodias de José António Sabrosa foram gravadas pelos músicos Luís Petisca, na guitarra portuguesa, e Armando Figueiredo, na viola e viola baixo.

O CD vai ser apresentado no dia 07 de setembro, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, no decorrer do espetáculo celebrativo do centenário do nascimento de Maria Teresa de Noronha, organizado pela AGPF.

José António Sabrosa “é um nome muito relevante na composição musical do fado, perfeitamente amador, acho mesmo que nunca ganhou um centavo com o fado, mas notável”, salientou Nuno Siqueira, que coordenou a edição discográfica.

José António Barbosa Guimarães Serôdio, de seu nome de registo, ficou conhecido como José António Sabrosa, por ter sido o 3.º conde de Sabrosa, um título criado em 1900, pelo rei D. Carlos.

José António Sabrosa casou com Maria Teresa de Noronha em 1947, em Lisboa, e morreu em 1987, na sua residência em S. Pedro de Penaferrim, em Sintra. Várias das suas melodias continuam hoje a ser gravadas por diferentes fadistas e guitarristas.

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