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A ajuda do FMI a Angola “não se trata” de um “resgate”, garante o ministro

armando manuel

Angola vai receber uma ajuda financeira, num valor que Luanda não revela, mas “não se trata” de um “resgate”. Entre críticas à “imprensa do Rossio”, o ministro das Finanças angolano veio dizer que foi pedido um “financiamento ampliado” que “pode trazer pacotes financeiros”.

A culpa é de Portugal, diz Armando Manuel. Para o ministro das Finanças de Angola, foi a “imprensa do Rossio” quem deturpou o pedido que o país fez ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

“Percebeu-se como se tratando de um resgate. Em momento nenhum terá sido escrito um resgate. Então, é uma questão de perceção, naturalmente”, adiantou o governante, quando solicitado a comentar a queda em bolsa das empresas cotadas em Portugal e expostas ao mercado angolano.

Armando Manuel esclareceu que Angola solicitou ao FMI um apoio enquadrado num ‘Extended Fund Facility’, ou programa de financiamento ampliado, que difere de um programa de assistência económica e financeira, como o que foi solicitado (e cumprido) por Portugal.

“Em função das circunstâncias, pode trazer pacotes financeiros para apoiar as medidas de política que venham a ser implementadas”, reconheceu o governante, embora sem adiantar montantes, repetindo que “não se trata de uma assistência financeira”.

É, segundo o ministro, um “reforço de cooperação” com o FMI, para que Angola possa “absorver o que de melhor existe” nos vários “vetores” do compromisso (ainda em “agenda”, salientou), com vista a tornar máquina fiscal angolana mais eficaz e a combater a economia informal, que corresponde a 60 por cento da economia angolana.

Os setores prioritários, adiantou Armando Manuel, serão os das minas, agricultura, pescas e turismo, sempre com a intenção de “gerar mais renda fiscal”.

O pedido de assistência ao FMI surge com o agravamento da crise provocada pela baixa cotação do petróleo, a principal exportação angolana.

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