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Agressão a professora e aviso falso de Ébola na Escola do Cerco

professora quadro A tarde de ontem foi agitada na Escola do Cerco, no Porto. Uma professora foi espancada, a soco e pontapé, por familiares de uma aluna de 12 anos à qual confiscara um telemóvel. Pouco depois, um boato sobre o Ébola fez aumentar ainda mais a confusão.

Um telemóvel de uma aluna voltou a estar na origem de um incidente numa escola. Ocorreu ontem ao início da tarde, na Escola Básica e Secundária do Cerco.

De acordo com o Correio da Manhã e o Público, uma aluna de 12 anos terá contactado os pais a informar de que teria sido agredida por uma docente.

A professora de matemática, na verdade, apenas estava a reter o telemóvel dessa aluna, que confiscara durante a aula, de manhã. Como a própria docente informara a aluna (do sexto ano), o aparelho iria ser entregue à direção da escola.

Só que os pais da aluna, ao receberem a informação de que a filha fora agredida, quiseram pagar na mesma moeda.

A professora, de 43 anos, estava no segundo andar de um edifício quando foi ‘apanhada’ pelos pais da aluna, que a agrediram com murros e pontapés.

Uma fonte da PSP, citada sem identificação pelo Público, aponta a mãe como única autora das agressões, referindo que no momento o pai estaria a falar com o diretor.

Segundo a mesma fonte, a mãe da aluna encontrou a professora e “deu-lhe quatro bofetadas depois de lhe puxar os cabelos”.

O incidente fez aumentar a preocupação do restante corpo docente. “Estamos preocupados com a nossa segurança, pela forma como os pais conseguiram entrar na escola sem que ninguém os impedisse”, afirmou um professor, ao CM, pedindo para não ser identificado.

Algumas aulas foram suspensas enquanto os docentes reuniam de emergência, num encontro em que terão acertado algumas exigências, ao nível da segurança, para apresentar à direção da escola.

A aluna está agora sob a alçada de um processo disciplinar.

Como se o caso não bastasse, ainda surgiu o rumor de que alguém na escola estaria infetado com Ébola. Apesar de falso, o boato tornou-se… viral e muitos pais se concentraram junto à entrada do estabelecimento de ensino.

“Os alunos é que espalharam o boato sobre o Ébola”, garantiu um funcionário, citado sem identificação pelo Público, confirmando que “o que aconteceu foi apenas a agressão a uma docente”.

Cá fora, os familiares não sabiam em quem acreditar. “A direção está toda reunida lá dentro e ninguém nos diz nada”, comentou a avó de um aluno, também não identificada pelo diário: “Há Ébola ou não? Preciso de saber se há para levar o meu neto daqui para fora”.

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