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“E agora o que faço?”, questiona José Alberto Carvalho sobre amigos que morreram

José Alberto Carvalho partilhou um depoimento público na sua página de Facebook sobre a morte de dois amigos. O relato do jornalista tem emocionado as redes sociais. “Afinal não se morre, pois não?”

Começando por dizer que, nos dias que correm, é quase “obrigatório” escrever “sobre a morte de quem gostamos”, o jornalista salienta nem ter hesitado em fazê-lo.

“O Facebook está convertido numa ‘via dolorosa’ do nosso tempo e é sempre fácil (quase obrigatório) escrever sobre a morte de quem gostamos. Exatamente por essa razão hesitei”.

José Alberto Carvalho revela “há uma fase da vida em que sentimos que nos tiram coisas”.

“E pessoas. A vida tirou-me várias nos últimos dias”, escreveu, dizendo quem perdeu e lhe deixou mágoa no coração.

“Estou triste, porra, muito triste com a morte da Ana Franqueira e do Pedro Rolo Duarte.”

Ao falar do radialista e jornalista, que morreu na passada semana (ver aqui), José Alberto Carvalho revela a admiração que tinha por Pedro Rolo Duarte.

“O Pedro foi uma grande influência para a minha paixão da rádio. Sei que é estranho dizer isto aos jovens, como os meus filhos ou o filho do Pedro, mas acreditem que a palavra dita na rádio teve um tempo de magia!”

No relato que fez, José Alberto Carvalho lamenta o reencontro que já não foi a tempo de ter com o amigo.

“Não nos víamos muito nos últimos tempos, mas isso não interessa, porque ambos andávamos por cá e mais tarde ou mais cedo nos iríamos reencontrar. Afinal não”, lamentou, falando depois sobre Ana Franqueira, que “foi responsável pelo arquivo da SIC desde o início”.

“Sempre achei que quando quisesse reconstituir uma parte da minha vida, poderia contar com a ajuda da Ana para me identificar as imagens e os momentos mais simbólicos. Afinal não.”

No final do artigo, José Alberto Carvalho questiona o que fazer com os números de telefone dos amigos que morreram.

“E, agora, o que faço com os vossos números de telefone?! – Liguei, e ninguém atende. Mas não quero desesperar. Vou mantê-los no meu telemóvel junto do vosso nome e da última fotografia que partilharam pelo WhatsApp.”

E conclui: “Acredito que um dia eu, ou alguém por mim, vai ligar-vos e marcamos uma jantarada para nos rirmos das coisas tristes que acontecem na vida”.

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