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África do Sul apoia “reconciliação” angolana e entrega de restos mortais de “Ben Ben”

A Presidência sul-africana considerou hoje como um contributo para a “reconciliação” angolana o apoio à trasladação para Angola dos restos mortais do general da UNITA Arlindo “Ben Ben”, que faleceu na África do Sul em 1998.

A cerimónia de repatriamento será realizada esta manhã, na Base Aérea de Waterkloof, em Pretória, “como parte da assistência da África do Sul à República de Angola” e “contribuirá para a reconciliação entre a nação angolana”, lê-se no comunicado emitido hoje pela Presidência de Cyril Ramaphosa, chefe de Estado sul-africano.

Uma delegação do Governo de Angola viajou hoje para a África do Sul para tratar do processo de transladação dos restos mortais do general da UNITA Arlindo Chenda Pena “Ben Ben”.

A Casa Civil do Presidente da República de Angola explicou anteriormente que tomou a iniciativa de solicitar às autoridades da África do Sul a transladação para o país dos restos mortais do antigo vice-chefe do Estado-Maior das FALA (Forças Armadas de Libertação de Angola), então braço militar da União Nacional para a Independência de Angola (UNITA), “pedido prontamente correspondido”.

No comunicado de hoje, a Presidência sul-africana justifica que face “ao empenho do Presidente [de Angola], João Lourenço, em reconhecer os angolanos que lutaram na luta anticolonial pela libertação, o Presidente Ramaphosa concordou em ajudar e apoiar os esforços do Governo angolano para uma maior paz, reconciliação e união”.

O corpo do general, formalmente equiparado a chefe adjunto do Estado-Maior General das FAA, estava sepultado no cemitério de Zandfontein, em Pretória, África do Sul.

Na cerimónia de hoje, prevendo a partida dos restos mortais do general “Ben Ben”, em Pretória, participa uma delegação governamental angolana liderada pelo ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queirós, integrando também oficiais generais das Forças Armadas Angolanas (FAA), mas também membros do Governo sul-africano.

A decisão de repatriar os restos mortais surgiu na sequência de um pedido do líder da UNITA, Isaías Samakuva, ao Presidente angolano, João Lourenço (MPLA), que, por sua vez, contactou o homólogo sul-africano, Cyril Ramaphosa, que deu “luz verde” à exumação.

Por ter sido morto em combate, a 19 de outubro de 1998, no conflito que opôs o exército do Governo angolano às forças militares da UNITA, as autoridades sul-africanas de então decidiram embalsamar o corpo de Arlindo Chenda Pena “Ben Ben” e lacrá-lo numa urna própria para que, a qualquer momento, a família pudesse reclamar o repatriamento para Angola.

Lusa

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