Economia

Afreximbank já desembolsou 15 mil milhões de dólares para apoiar comércio intra-africano

O Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank) já desembolsou 15 mil milhões de dólares dos 25 mil milhões que tem disponíveis no prazo de cinco anos, anunciou hoje o presidente desta instituição financeira multilateral.

“O banco está a cumprir os seus compromissos no apoio à implementação do tratado de comércio livre em África”, disse Benedict Oramah, na abertura do “África 2019: Fórum de Investimento em África”.

Na intervenção, o banqueiro salientou que já foram disponibilizados 15 mil milhões de dólares, cerca de 13,6 mil milhões de euros, dos 25 mil milhões de dólares (22,6 mil milhões de euros) que a instituição planeia desembolsar no plano quinquenal de apoio ao comércio entre os países africanos.

Em breve, anunciou, o Afreximbank vai começar a implementar o Sistema de Pagamentos e Acertos Pan-Africano para permitir que o comércio entre vários países africanos seja feito na moeda local de cada um, diminuindo os altos custos dos pagamentos internacionais.

Para além deste sistema, o presidente do Afreximbank salientou também a construção de um portal de informação comercial, que será lançado ainda este ano, para melhorar o conhecimento dos parceiros comerciais, e o desenvolvimento de parques industriais em vários pontos do continente.

Num discurso onde passou em revista não só os principais acontecimentos, mas também os próximos eventos destinados a fomentar o comércio intrarregional, Benedict Oramah salientou a realização da segunda Feira de Comércio Intra-Africano, em setembro do próximo ano, em Kigali, na qual se esperam mais de mil expositores, cinco mil visitantes para potenciar um mercado de 1,2 mil milhões de pessoas.

A zona de livre comércio em África permitirá criar o maior mercado do mundo, uma vez que envolverá os 55 Estados-membros da União Africana, com um produto interno bruto (PIB) acumulado a ascender a 2,5 biliões de dólares (cerca de 2 biliões de euros), sendo que apenas 16 por cento do comércio dos países africanos é feito no continente.

A ZLEC inscreve-se no quadro de um processo que, até 2028, prevê a constituição de um mercado comum e de uma união económica e monetária de África, razão pela qual também está em curso a implementação do Passaporte Único Africano, tudo incluído na chamada Agenda 2063, que visa desenvolver económica, financeira e socialmente o continente até àquele ano.

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