Um conjunto de entusiastas do automobilismo portuense e nortenho sairam à rua para uma maniestação em defesa do circuito da Boavista, cancelado este ano pela Câmara Municipal alegadamente por falta de verbas.
Segundo um dos mentores da iniciativa, a manifestação destinou-se a sensibilizar a classe política de que o circuito faz falta ao Porto e ao país, sem menosprezar outros eventos de deporto a automóvel, nomeadamente em Vila Real, que nos três próximos anos vai receber o campeonato do mundo de carros de turismo (WTCC).
“Nada temos contra Vila Real, a quem saudamos e desejamos sucesso na realização da prova portuguesa do WTCC, apenas queremos que o circuito da Boavista se continue a realizar”, defendeu Fernando Charais.
Já Ni Amorim, um antigo piloto, considera que o traçado portuense não tem que forçosmante receber o ‘Mundial’ de carros de turismo, “pode ser outro tipo de competições, como o DTM ou um dos vários campeonatos de GT. Houve dinheiro para organizar o WTCC em Vila Real, e certamente o dinheiro aparecia para se realizar estas provas no Porto”.
Charais chama a atenção para o facto de “afinal o fim do circuito não se dever a dificuldades financeiras mas falta de vontade política como o prova o facto de Vila Real ter conseguido levar o WTCC com aparente facilidade”, e deitando por terra o trabalho feito durante a presidência de Rui Rio à frente da edilidade portuense..
Diogo Ferrão, outro dos defensores e promotor das corridas de carros históricos, diz que é “necessário que as pessoas se manifestem” em prol de um evento que dá um grande retorno à cidade, e faz parte da história do mesmo.
Outro ex-piloto, Gonçalo Gomes, lembra “todo o investimento feito nas edições do circuito, realizando melhorias no mesmo”. Uma estrutura “em que se ganhava tempo para preparar o traçado para o regresso às provas internacionais dentro de um ano”.
Na intenção dos maniestantes está a realização de uma série de iniciativas, com reuniões e debates “por forma a manter viva a chama do circuito da Boavista”, enquanto aguarda uma oportunidade de se reunir com o execitivo camarário.