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Afegã cujo rosto foi mutilado pelo marido mostra efeitos da cirurgia a que se submeteu

Aisha Mohammadzai, jovem afegã que se tornou conhecida quando foi capa da revista Time, onde apresentava o rosto mutilado num caso de violência doméstica, voltou à cena mediática, quase três anos depois. Aisha mostrou o seu novo rosto, após diversas cirurgias de reconstrução facial.

A afegã que a revista Time mostrou na sua capa, em 2010, para sensibilizar o mundo para o problema da violência doméstica no Afeganistão, voltou a mostrar-se, desta vez para exibir a sua nova cara, que fora mutilada pelo ex-marido.

Aisha Mohammadzai, de 19 anos, foi submetida a diversas cirurgias reconstrutivas e, quase três anos depois, recuperou a imagem que perdera, devido a diversas agressões, num caso extremo de violência doméstica.

Atualmente a residir em Maryland (EUA), depois de acolhida por uma família norte-americana, a jovem afegã transformou-se num símbolo de luta contra a opressão feminina, no seu país de origem. Aesha viu serem-lhe cortados o nariz e as orelhas, depois de diversas tentativas de fuga, travada pelo marido e família deste.

A aparição na capa da Time sensibilizou todo o mundo e a sua história tornou-se icónica. O mais recente episódio, depois das cirurgias de reconstrução facial, foi o regresso aos órgãos de comunicação, para mostrar o efeito das operações a que se submeteu nos últimos anos.

Os especialistas estimularam a criação de tecido, a partir da testa, num processo demorado. Esse tecido foi usado para a reconstrução do nariz. No antebraço, foi usado o mesmo método, para produzir tecido.

Fica disfarçada a imagem de crueldade que o Afeganistão continua a praticar nas mulheres, como é exemplo a história da jovem Malala. Aisha Mohammadzai terá de lidar com as feridas da memória, que custarão mais a cicatrizar.

A afegã conta que todos os dias era vítima de violência, física e psicológica. Tentou diversas fugas, mas foi sempre apanhada. E quando esses episódios ocorriam, Aisha era colocada sob reclusão, além de agredida.

A justiça afegã nunca a apoiou. Pelo contrário. Os juízes responderam aos pedidos de ajuda com ‘sentenças’ que determinavam o regresso a casa. O marido e a família levavam-na para as montanhas e cortavam-lhe partes do rosto.

Aisha Mohammadzai foi obrigada a casar com 12 anos, entregue pelo próprio pai, para pagar uma dívida aos talibãs. Dormiu em estábulos, nunca pôde frequentar a escola, foi agredida repetidamente e mutilada.

Tornou-se numa fonte de inspiração de mulheres que são sujeitas a violência doméstica, mesmo que essa violência não atinja aquelas proporções inimagináveis. Recorde a capa da Time:

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