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Afastar Cecília Meireles seria “sinal de que o CDS perdeu contacto com a realidade”

Adolfo Mesquita Nunes, antigo vice-presidente do CDS, criticou duramente “os setores do partido” que pretendem afastar Cecília Meireles.

O caso ganhou dimensão durante o fim de semana, quando o vice-presidente Raul Almeida defendeu, no Conselho Nacional do CDS, que Cecília Meireles devia abandonar o Parlamento para permitir a entrada do presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos.

“Essa proposta vem sendo sussurrada em certos setores do CDS e veiculada em certas bolhas das redes sociais há demasiado tempo”, criticou Adolfo Mesquita Nunes, em entrevista ao ‘Polígrafo’, da SIC.

Para o antigo vice-presidente do CDS, afastar Cecília Meireles (que foi vice-presidente na direção de Assunção Cristas) seria um rude golpe na credibilidade do partido.

“Essa proposta foi apresentada por um dirigente, mas não foi sustentada pelo presidente do CDS. Que essa proposta sequer seja considerada, que não foi, seria sinal de que o partido teria perdido qualquer contacto com a realidade”, sustentou.

Adolfo Mesquita Nunes apresentou Cecília Meireles como “uma das melhores deputadas do nosso Parlamento”, salientando que, quando a deputada fala, “as outras bancadas escutam”.

“É, há largos anos, o rosto das políticas de economia do CDS. No momento em que vamos passar da pandemia para a economia, nos próximos anos, seria de doidos prescindir de um dos maiores ativos da política portuguesa contemporânea”, reforçou.

O antigo vice-presidente do CDS desvalorizou o facto de Francisco Rodrigues dos Santos não ser deputado, lembrando que “Manuel Monteiro e Paulo Portas foram eleitos presidentes do partido” sem terem lugar no Parlamento.

Cecília Meireles, antiga vice-presidente do CDS, tem sido uma das principais opositoras internas da direção de Francisco Rodrigues dos Santos, tendo criticado o apoio do partido à candidatura presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa e a ‘fraqueza’ do ataque ao Chega.

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