Mundo

Aeroporto manda abater cão polícia que estava em fuga

Grizz, um cão polícia em serviço no aeroporto de Auckland, na Nova Zelândia, esteve durante algumas horas em fuga pelas instalações e após várias tentativas para o capturar, foi abatido pelas autoridades. A decisão do aeroporto está agora a ser duramente criticada pela opinião pública.

O animal, de 10 meses, estava preparado para detetar drogas e bombas no aeroporto, estando ao serviço do departamento de segurança aérea (Avsec). O porta-voz da divisão, Mike Richards, explicou que pelas 04h30min desta quinta-feira, Grizz foi transportado para uma unidade canina que estava estacionada numa área pública do aeroporto quando algo motivou a sua fuga.

Ao ser localizado, Mike Richards garante que “ele não deixou ninguém aproximar-se e continuou a correr pelas pistas”, acrescentando que “tentamos tudo: comida, brinquedos, outros cães, mas nada resultou”.

Como o incidente impediu a descolagem de 16 voos e originou atrasos que duraram várias horas, os responsáveis do aeroporto deram luz verde à polícia para abater Grizz.

“Esgotamos todas as opções disponíveis e não o conseguimos apanhar”, disse uma fonte aeroportuária, citada pela BBC, que garantiu que foi “uma decisão tomada em último recurso”.

No entanto, ao ser questionada sobre a alternativa de usar um tranquilizante no animal, a fonte respondeu: “Não tenho de responder a isso. Mas não havia dispositivos com tranquilizante no aeroporto e a polícia também não os tinha”.

Agora, o incidente está a ser considerado um crime contra os direitos dos animais pela opinião pública.

“Estou confuso. Se estas pessoas não conseguem travar a fuga de um cachorro e devolvê-lo ao seu trabalho vivo, como é que poderão conter um eventual ataque terrorista e capturar os terroristas vivos para interrogatório? Que incompetentes e bárbaros!”, afirma um internauta.

As contas nas redes sociais do aeroporto, tanto no Twitter como no Facebook, estão a ser atacadas pelos usuários que estão contra a decisão tomada.

“Lamentável, deviam ter vergonha. Quem deu a ordem para abater este pobre cão devia ser despedido e acusado de crueldade animal”, declarou Tracie McGregor.

 

Em destaque

Subir