Cultura

Adufeiras de Monsanto atuam nas Nações Unidas no 10 de junho

As Adufeiras de Monsanto vão realizar cinco atuações nos Estados Unidos, uma das quais nas Nações Unidas, no âmbito das comemorações do 10 de junho, foi hoje anunciado.

Em comunicado enviado à agência Lusa, as Adufeiras de Monsanto explicam que a deslocação aos Estados Unidos da América surge na sequência de um convite do cônsul de Portugal em Newark, Pedro Soares de Oliveira, sendo que vão realizar um conjunto de cinco espetáculos nos dias 08, 09 e 10 de junho.

“Juntando-se às celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o grupo atuará no edifício da Assembleia Geral das Nações Unidas, no New Jersey Performing Arts Center, em Bethlehem, no Sport Club Português e no Festival de Folclore de Newark”, lê-se na nota.

As Adufeiras de Monsanto são um grupo cujo repertório se baseia no cancioneiro popular desta aldeia do concelho de Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco,

As suas atuações distinguem-se pela beleza dos seus trajes, réplicas de vestes antigas, e pela genuinidade dos cantares e do tocar do adufe, que ainda hoje é tocado apenas pelas mulheres, constituindo representações das tradições milenares de Monsanto, que desde 1938 é conhecida por ser a Aldeia Mais Portuguesa de Portugal.

Atualmente composto por seis elementos, a formação original das Adufeiras de Monsanto nasce em 1997, quando Amélia Mendonça e Laura Pedro são desafiadas pela etnomusicóloga Salwa Castelo Branco e pelo encenador Ricardo Pais a reunir um grupo de mulheres monsantinas.

Na altura, integraram o elenco do espectáculo “Raízes Rurais, Paixões Urbanas”, com direcção cénica do próprio Ricardo Pais e que contou com a participação, entre outros, de Maria João e Mário Laginha, numa co-produção do Teatro Nacional de S. João, no Porto, e da Cité de la Musique, em Paris.

Desde então, têm atuado em Portugal e no estrangeiro, participado em espectáculos e discos de grandes nomes da música portuguesa, e editaram dois CD nos quais registaram parte significativa do cancioneiro musical monsantino, para memória futura.

Idanha-a-Nova foi oficialmente aceite, em dezembro de 2015, no grupo de Cidades da Música da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), sendo que o adufe foi o símbolo da sua candidatura.

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