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Adriano Moreira afirma que fundador do CDS terá “um lugar na história”

O antigo presidente do CDS-PP, Adriano Moreira, afirmou hoje que Diogo Freitas do Amaral “vai ter um lugar na história” do início da democracia portuguesa, lembrando que “sempre acreditou na capacidade do país alinhar com o movimento europeu”.

“Conheci o professor Freitas do Amaral ainda quando ele era jovem assistente da Faculdade de Direito de Lisboa. Ele foi convidado para o Governo do doutor Marcello Caetano e recusou, o que já era um grande sinal de caráter e de decisão em função dos próprios valores”, afirmou à Lusa Adriano Moreira, acrescentando que o fundador do CDS-PP “vai ter um lugar na história dessa época portuguesa”.

O antigo ministro Freitas do Amaral morreu hoje, aos 78 anos, e, na opinião do antigo dirigente dos centristas, o “grande ato” que praticou a nível político “foi a criação do centro da democracia cristã”, que, àquela data, era “o grande movimento impulsionador” da União Europeia.

“Este ato dele, num momento de grande perturbação sobre qual seria a orientação política interna portuguesa, acreditou na capacidade de o país alinhar com o movimento europeu”, vincou, acrescentando que “deixou um património valiosíssimo como professor”, em particular, “na área do direito constitucional e direito público, em geral”.

Segundo Adriano Moreira, os cargos que desempenhou – nomeadamente de ministro dos Negócios Estrangeiros e de presidente da 50.º Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em 1995 -, para “um país como o nosso, que está sempre dependente de ações externas desafiantes”, também foram um “serviço muito importante prestado ao país”.

Diogo Pinto Freitas do Amaral, professor universitário, nasceu na Póvoa de Varzim em 21 de julho de 1941.

Foi líder do CDS, partido que ajudou a fundar em 19 de julho de 1974, vice-primeiro-ministro e ministro em vários governos. Freitas do Amaral fez parte de governos da Aliança Democrática (AD), entre 1979 e 1983, e mais tarde do PS, entre 2005 e 2006, após ter saído do CDS em 1992.

Líder do CDS, primeiro-ministro interino, ministro em governos à esquerda e à direita, presidente da Assembleia-Geral da ONU, Freitas do Amaral disse em entrevista à agência Lusa quando já se encontrava doente, em junho de 2019, que sofreu “um bocado” com a derrota nas presidenciais de 1986, embora tenha conseguido dar a volta, com “uma carreira de um tipo diferente” e partir para “uma série de pequenas vitórias”.

Lusa

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Lusa

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