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Acusada de arranjar “bodes expiatórios”, ministra da Justiça está “de cabeça erguida”

Paula Teixeira da Cruz negou que tenha procurado “bodes expiatórios” para as falhas do Citius e garantiu estar “de cabeça erguida”. Ao deputado do PS que lhe exigiu a demissão, a ministra da Justiça respondeu: “Vai ter de provar que eu fui informada”.

O arquivamento do processo sobre o Citius, por falta de “indícios” para comprovar a suspeita de sabotagem informática, levou o PS a exigir esclarecimentos à ministra da Justiça, que garantiu estar “de cabeça erguida”.

Acusada de ter tentado arranjar “bodes expiatórios” para não assumir a “responsabilidade política” pelas falhas no sistema, Paula Teixeira da Cruz frisou, em audição parlamentar, que nunca foi informada sobre a existência de problemas na plataforma informática dos tribunais.

“Vai ter de provar que eu fui informada”, respondeu a governante, depois do deputado socialista a confrontar com várias citações de atas do grupo de trabalho do Citius.

Um grupo do qual a ministra não fez parte, acrescentou a mesma: “Nunca ninguém me informou de nada. Devia era ter consultado as atas finais, que incluem os conselhos superiores, onde se diz que tudo estava perfeito”.

Sublinhando que “a tutela não foi de todo informada”, Paula Teixeira da Cruz garantiu que estava na audição (realizada na Comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Liberdades e Garantias) “de cabeça erguida”: “Os próprios dirigentes diziam que era possível em 15 dias pôr tudo de pé”.

As declarações da ministra surgiram como resposta a Pita Ameixa, o deputado que lhe exigira a demissão.

“Dado o despacho do Ministério Público que arquivou o inquérito, esperávamos que tivesse já pedido a sua demissão. As suas responsabilidades neste processo são mais do que evidentes. A responsabilidade política é da sua responsabilidade”, afirmou o socialista.

“Foi avisada em tempo, não quis saber, teimou e deu o resultado que deu. Arranjou estes dois bodes expiatórios, o que não resultou. Não se esconda atrás de outrem, como tem vindo a fazer”, reforçou Pita Ameixa.

Em causa estavam os problemas no Citius, que deixaram os tribunais sem sistema informático durante 44 dias, e o relatório do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) que, sustentou a ministra, “indiciava a prática de crimes”.

“Eu não pedi a abertura de qualquer inquérito, pedi a ponderação de um inquérito. A sra. PGR decidiu abrir um inquérito. E o despacho de arquivamento diz que os factos descritos no relatório não revelavam, mas não excluíam, a ocorrência de ilícito”, argumentou Paula Teixeira da Cruz.

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