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Acusação de “despesas supérfluas” é “ridícula”, reage Santos Silva

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, classificou como “ridícula” a polémica das “despesas supérfluas” da presidência portuguesa da União Europeia.

O caso foi aberto pelo conceituado jornal Politico, que questionou as “centenas de milhares de euros” gastos por Portugal a preparar eventos, durante o semestre da presidência da UE, numa altura em que a pandemia de covid-19 os torna quase irrealizáveis.

Como exemplo, o jornal adiantou que foram gastos 260 591 euros “para preparar um centro de imprensa em Lisboa”, quando as conferências têm sido virtuais e as restrições em vários países impedem a deslocação dos jornalistas, e de 35 785 euros em bebidas e 39 780 em vestuário (como fardas para motoristas), numa altura em que as autoridades promovem o teletrabalho.

A notícia do Politico ganhou dimensão na imprensa europeia, mas do ponto de vista português é “ridícula”, segundo adiantou Augusto Santos Silva.

“Não podíamos deixar de ter uma sede de presidência preparada para as reuniões presenciais O argumento de que montámos um centro de imprensa, que agora não é frequentado porque os jornalistas estão em teletrabalho, é um argumento que não colhe porque evidentemente uma presidência da UE tem de ter instalações para jornalistas, que aliás podem ser dezenas ao mesmo tempo, e equipamentos”, reagiu o ministro, citado pelo Expresso.

Já as despesas com bebidas e vestuário são explicadas pelo caráter institucional e pela promoção de marcas nacionais, através das “ofertas institucionais”.

“Fazemos como fazem quase todos, mesmo para promover a marca e a cultura portuguesas. Isso custa alguns milhares de euros, que, na minha opinião, são muito bem empregues”, salientou.

No caso dos fatos para motoristas, Santos Silva garantiu que, nas reuniões em que participou noutras presidências da UE, nunca foi “transportado por um motorista que estivesse vestido como quisesse, com a sua roupa normal, de jeans ou casaco de ganga, e nunca fui conduzido ao meu lugar por assistentes que estivessem vestidos a seu gosto”. “Os colaboradores não têm obrigação de comprar os uniformes que vão usar”, acrescentou.

Depois da presidência anterior (Alemanha) ter rejeitado patrocínios, seguindo as orientações da Provedora de Justiça Europeia, Portugal firmou contratos com Delta Cafés, a Sumol+Compal e The Navigator Company.

“Não há nenhuma regra, nem nacional nem europeia, que impeça patrocínios. Reduzimos os patrocínios ao mínimo. São patrocínios apenas em espécie e aceitámos os patrocínios que significavam a promoção internacional de produtos ou sectores exportadores portugueses”, justificou ainda o ministro.

Portugal preside, pela quarta vez, ao Conselho da União Europeia desde 1 de janeiro e até 30 de junho.

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