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Acredita em tudo o que lê no Facebook? Pois saiba que não deve

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A (falsa) reforma de 12 mil euros de Nuno Gomes é um exemplo do poder das redes sociais: a indignação apodera-se dos utilizadores e a partilha da informação é imediata. Por isso, encontramos muitas notícias falsas que viralizam. Acredita em tudo o que lê no Facebook? Pois saiba que não deve.

As redes sociais têm o poder de ‘criar’ falsas notícias, que depois são ‘ressuscitadas’ anos mais tarde,  como se de atualidade se tratasse. Um das vítimas deste fenómeno foi Nuno Gomes.

A célebre falsa notícia, que nasceu em meados de 2010, tornou-se num bom exemplo deste fenómeno. Dava conta de que Nuno Gomes, ex-jogador de futebol, auferia de uma reforma mensal superior a 12 mil euros. E a fúria disseminou-se pelas redes sociais, com os utilizadores a partilharem a informação, indignados.

É habitual nas redes sociais: muitos utilizadores aceitam a informação que leem como válida, não duvidam da fonte e deixam que essa indignação prevaleça. O efeito é a partilha da ‘notícia’.

E cinco anos depois, a reforma que Nuno Gomes teria pedido voltou a tornar-se atual, por culpa, claro está, das redes sociais (o leitor raramente olha para a data do artigo e divulga-o…). De utilizador em utilizador, o assunto viralizou e o ex-jogador de futebol acabou por ser uma vez mais vítima da desinformação.

Em declarações à VIP – revista que teve o cuidado de esclarecer o assunto, falando com o visado –, Nuno Gomes desmentiu categoricamente que alguma vez tenha pedido a reforma.

“Já sei que voltaram a lançar essas calúnias sobre mim. Já o haviam feito há cinco ou seis anos, quando eu ainda jogava, e também sobre o Vítor Baía. É mentira. Não pedi a reforma”, realçou recentemente o agora dirigente do Benfica, em declarações àquela revista.

O antigo goleador, agora com 38 anos, é funcionário do clube onde jogou e trabalha junto do presidente, Luís Filipe Vieira. Não está (nunca esteve) reformado. Mas há quem partilhe informação contrária.

Regressemos ao Facebook. Muitas vezes, não são os utilizadores os únicos a cair no engodo. Há cada vez mais campanhas de marketing que pretendem utilizar os órgãos de comunicação social como alavanca para a promoção de marcas.

E há boas campanhas que alcançam mediatismo – os jornais e televisões divulgam-nas. Outras campanhas são falsas histórias que acabam por enganar jornalistas. Mais tarde, chegam os desmentidos, mas a promoção das marcas já está feita.

As informações que circulam nas redes sociais devem merecer, por isso, todo o cuidado. E antes de as partilharmos devemos colocar uma pergunta: estarei a ser enganado e a enganar?

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