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Aconselharam-no a meter a mulher num lar, mas ele levou-a a conhecer o mundo

Há 27 anos, Donna Fierlit sofreu um aneurisma cerebral e os médicos aconselharam-na a ir viver para um lar. O marido não concordou e levou-a num cruzeiro para as Bermudas, num mapa de viagens que ainda não terminou.

É um romance que começou no ponto mais alto das tradicionais histórias de amor. Andrew e Donna Fierlit conheceram-se num baile da igreja, numa conversa que à primeira impressão não se vislumbrava de boas recordações.

“Eu disse-lhe que ia casar com ela, e ela respondeu-me: ‘Não, não vais'”, recordou Andrew à CNN.

Foram necessários apenas cinco anos para mostrar que Donna tinha tido uma resposta sem reflexão. Casaram-se há 58 anos, tiveram quatro filhos e hoje são avós de 12. Pelo meio, apenas houve uma promessa de Andrew: aproveitar a vida ao máximo.

“Ela tinha 45 anos quando sofreu um aneurisma cerebral. (…) A primeira avaliação médica foi colocá-la num lar de idosos, mas não ia fazer isso. Disse-lhes que íamos ter uma vida normal”, conta Andrew à News 8.

A “vida normal” que o marido confessou traduziu-se numa viagem pelos sete continentes que dura há 27 anos. Iniciaram-na com um cruzeiro para as Bermudas, mas já pisaram mais de 20 países.

A situação de Donna, numa cadeira de rodas, motivou algumas peripécias ao longo das viagens, mas nunca fez o casal ‘baixar os braços’. Desde viagens em zonas de carga de comboios, até à cadeira de rodas não passar na porta de um hotel na Irlanda.

Apesar de todos os contratempos, a ‘Mary Proud’, como foi batizada a cadeira de rodas, continua a percorrer vários países por culpa deste casal.

“Eu sinto que ele me ama de verdade. Que faria qualquer coisa por mim”, disse Donna à CNN.

As perdas de memória a curto prazo são agora um problema para a norte-americana, que é cada vez mais dependente do marido. Ele, por sua vez, entende isso como uma oportunidade.

“Eu prometi-lhe que iríamos arranjar uma maneira de tirar o melhor partido possível da vida dela”, explicou.

Para dar o próximo passo, rumo à Escandinávia, o casal precisa de algum tipo de ajudas, visto que as poupanças começaram a ficar curtas.

De qualquer forma, o objetivo continua a ser “viver, desfrutar da vida”, nem que se dê “um passinho de cada vez”.

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