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ACNUR aponta para “situação humanitária dramática” envolvendo 16 milhões de refugiados

O ACNUR revela que, num mundo incapaz “de prevenir e resolver conflitos”, o número de refugiados já ultrapassou os 16 milhões. É uma “situação humanitária particularmente dramática”, resume António Guterres, alto comissário da ONU para os Refugiados.

As contas do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) apontam para que o número de refugiados já tenha ultrapassado os 16 milhões. A tendência é para que o registo suba ainda mais, admitiu António Guterres, alto comissário da ONU para os Refugiados.

“A combinação de uma multiplicação de novas crises, ao mesmo tempo que as velhas parecem não querer morrer, torna a situação humanitária no mundo particularmente dramática no momento presente”, explicou o antigo primeiro-ministro português.

“No mundo tem havido uma enorme incapacidade de prevenir e resolver conflitos. Estamos a assistir a cada vez mais países e comunidades vivendo situações dramáticas, com níveis de sofrimento incalculáveis e com violações terríveis dos direitos humanos”, reforçou Guterres.

Em Paredes, onde promoveu o leilão de 11 cadeiras, desenhadas por designers internacionais e produzidas nas fábricas do concelho, cujas receitas reverterão a favor do ACNUR, o alto comissário da ONU salientou que entre janeiro e setembro foram registados 700 mil novos refugiados, depois do total no ano passado ter sido de 800 mil.

“Mesmo com todas as nossas dificuldades, com todos os nossos problemas, tem de haver no nosso coração espaço para a solidariedade com toda essa gente que sofre ainda muito mais do que nós”, afirmou António Guterres, realçando que as verbas do leilão serão destinadas a apoiar os refugiados dos conflitos em Congo, Síria e Sudão.

O representante do ACNUR revelou ainda que 70 por cento dos refugiados encontram-se em exílio há mais de cinco anos, enquanto há 27 milhões de pessoas deslocadas no interior dos países de origem. “Há uma enorme dificuldade em resolver politicamente as crises para permitir voltarem às suas casas, com segurança e dignidade”, argumentou Guterres.

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