Economia

Acionistas da EDP aprovam contas de 2018 e remuneração acionista

Os acionistas da EDP aprovaram hoje em assembleia-geral as contas de 2018 e a aplicação de resultados com 99,8 por cento dos votos ambos, estando representada na reunião 65,18 por cento do capital acionista da elétrica liderada por António Mexia.

Em causa estão os primeiros dois pontos da ordem de trabalhos da reunião anual, que começou pelas 15:15, isto é, a deliberação sobre as contas de 2018, ano em que o lucro caiu 53 por cento para os 519 milhões de euros, e a aplicação dos resultados, que mantém o dividendo dos acionistas nos 19 cêntimos.

Os acionistas aprovaram, com 99,5 por cento do capital presente, a prestação do conselho de administração executivo, liderado por António Mexia, e com 99,41 por cento presente a do Conselho Geral e de Supervisão, que é há um ano presidido por Luís Amado.

A assembleia-geral de acionistas da EDP de hoje é determinante para o futuro da oferta pública de aquisição (OPA) da China Three Gorges (CTG) sobre a elétrica.

No ponto nove, o último da ordem do dia, os acionistas da EDP têm que se pronunciar sobre a alteração dos estatutos da sociedade para acabar com a limitação dos direitos de voto a 25 por cento do capital.

A introdução deste ponto na assembleia anual de acionistas por proposta do fundo Elliott, que detém 2,01 por cento do capital da EDP, prevê que, “caso a deliberação não obtenha uma maioria qualificada de dois terços dos acionistas presentes na assembleia-geral anual […], o limite de voto permanecerá em vigor”.

“Tal resultado deve não só permitir o fim imediato da oferta na sua forma atual, como também proporcionar à sociedade a certeza necessária para planear o futuro”, sublinha o fundo na proposta de adenda que foi aceite pelo vice-presidente da mesa da assembleia-geral, Rui Medeiros, em 01 de abril.

Na segunda-feira, a CTG esclareceu que se mantêm em vigor todas as condições da OPA, incluindo a desblindagem de estatutos, pelo que sem ‘luz verde’ a operação não avança.

Será ainda votado o gestor Luís Palha da Silva para ocupar o cargo de presidente da mesa da assembleia-geral da EDP até 2020, substituindo António Vitorino, que renunciou ao cargo no ano passado.

A OPA à EDP pela CTG, empresa estatal chinesa que já detém 23,27 por cento da elétrica portuguesa, foi anunciada em maio de 2018 e prevê uma contrapartida de 3,26 euros por ação.

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