Fórmula 1

Acidente de Antonio Giovinazzi na Bélgica quase lhe custou o lugar na Alfa Romeo

Segundo o chefe da equipa Alfa Romeo de Fórmula 1 o acidente sofrido por Antonio Giovinazzi no Grande Prémio da Bélgica do ano passado quase custava o lugar ao italiano na equipa.

O piloto transalpino viveu uma primeira metade de temporada bastante difícil, em contraste com a exibição convincente do seu companheiro de equipa, Kimi Raikkonen, mas em Spa-Francorchamps ‘caminhava’ para um bom resultado nos pontos.

No entanto Giovinazzi acabaria por se despistar na penúltima volta da corrida, piorando a sua situação no seio da Alfa Romeo Racing, para uma semana depois recuperar e conseguir pontos com o seu nono lugar em Monza.

“O acidente foi um grande choque para toda a gente na equipa, porque era uma boa opotunidade”, fez saber Fréderic Vasseur, referindo também: “Antonio veio do nada e numa das últimas voltas despistou-se. Tivemos uma discussão dura com Antonio, porque este tipo de coisas podem decidir uma carreira”.

Para o patrão da Alfa Romeo Racing havia que ponderar uma série de fatores face ao sucedido: “Pensamos no futuro. Tivemos de nos sentar na semana seguinte e discutir a situação. E ele teve uma reação muito boa”.

Vasseur considera que o Grande Prémio de Itália foi determinante para Antonio Giovinazzi, que tinha esperado oito anos para correr diante do seu público: “Muita pressão, montes de convidados, a Alfa Romeo a correr em casa. Havia uma conferência de imprensa com muitas perguntas sobre Spa. Aí dissemos; é tempo de reagir. Penso que fez um bom trabalho, porque a pressão existia”.

“Ele esteve bem em Monza e em Singapura também – foi bom ter Antonio a liderar a corrida. Foi uma reação muito boa”, salienta o líder da equipa de Hinwill para quem foi determinante o piloto italiano “ter reagido em Monza. Esse foi o empurrão decisivo”.

“O problema para Antonio quando estava numa boa posição e a performance era fraca. Pode-se estar à frente dos companheiros e equipa mas se estamos em 14º e 15º isso pouco conta. Já se estão em sexto e sétimo toda a gente fala nisso”, sublinha Fréderic Vasseur.

É certo que depois no Brasil Giovinazzi voltou a ter dificuldades, mas a melhoria do desempenho do carro e os acontecimentos caóticos que se verificaram em Interlagos acabaram por se traduzir num inesperado quinto lugar.

O diretor da Alfa Romeo acrescenta: “Uma coisa é mostrar-se à equipa a outra é marcar pontos, porque para si próprio, para o ‘paddock’ para toda a gente o foco está apenas nos resultados. É difícil fazer uma análise em condições se não se está envolvido no dia-a-dia da equipa. De certa forma liberta-se um peso dos ombros”.

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