Uma operação militar contra a Al-Qaeda, no Paquistão, terminou da pior forma possível, com a morte de dois reféns. Foi “acidentalmente”, mas obrigou o Presidente dos EUA, Barack Obama, a assumir a responsabilidade pelo ataque e a pedir desculpas às famílias das duas vítimas.
Um ataque com um drone, conduzido pelo exército norte-americano, levou à morte de dois reféns da Al-Qaeda, no Paquistão.
O incidente foi em janeiro, mas só agora é que o Presidente dos EUA, Barack Obama, assumiu publicamente a responsabilidade pelo sucedido, aproveitando para pedir desculpas às famílias de Warren Weinstein e Giovanni Lo Porto.
De acordo com o chefe de Estado norte-americano, o drone atacou um prédio usado pela rede terrorista.
“Acidentalmente”, o ataque resultou na morte de dois reféns, um norte-americano e um italiano, cuja presença naquele prédio era desconhecida para os militares dos EUA.
No mesmo ataque foram mortos dois alegados terroristas e ambos norte-americanos: Ahmed Farouq, um dos alvos da operação, e Adam Gadahn, um ‘bónus’ cuja presença no local também era desconhecida e foi abatido durante um segundo bombardeamento.
Barack Obama revelou ainda que mandou abrir um inquérito ao incidente porque, apesar da operação militar ter respeitado as regras definidas pelo Governo, foram cometidos “erros” que não podem ser repetidos.
Warren Weinstein, de 73 anos, foi sequestrado pela Al-Qaeda em 2011, um ano antes da rede terrorista ter apanhado também Giovanni Lo Porto.
O norte-americano trabalhava em projetos de desenvolvimento, enquanto o italiano realizava trabalhos humanitários.
Matteo Renzi, o primeiro-ministro italiano, lamentou a morte de um cidadão dedicado às causas humanitárias, enquanto Paolo Gentiloni, ministro das Relações Exteriores, endossou a responsabilidade do “erro trágico” cometido pelos norte-americanos ao sequestro feito pela Al-Qaeda.