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Abusos sexuais e ameaças: Organização acusada de enganar jovens voluntários (com vídeo)

A organização ‘Yes We Help’ está a ser acusada de enganar jovens voluntários espanhóis, alguns menores de idade. A promessa era a de umas férias de verão diferentes, no Gana, mas que terminaram com abandono, ameaças e abusos sexuais.

A operar sob o mote “vai mudar a tua vida e melhorar a de muitos outros”, a organização ‘Yes We Help’ está a ser acusada de enganar jovens voluntários espanhóis.

A embaixada espanhola no Gana foi obrigada a intervir, depois de um grupo de jovens ter sido dividido por três homens que se fizeram passar por polícias. Com a ajuda das autoridades locais, os jovens foram escoltados desde a residência onde se encontravam até ao aeroporto para regressarem a Espanha.

A oferta era simples: 850 euros para umas férias de verão diferentes, onde os jovens iam participar em projetos ligados à educação, à saúde e ao desporto no Gana ou no Siri Lanka.

Nada disso se confirmou e os jovens, alguns menores de idade, foram vítimas de abandono, de ameaças e de abusos sexuais.

O jornal Vanguardia teve acesso a um vídeo, captado por um voluntário, onde o grupo era ameaçado. “Se não tiverem cuidado não vão poder sequer chegar ao aeroporto e regressar ao vosso país”, diz um dos homens, de arma na mão.

https://playbuffer.com/watch_video.php?v=K1XY925D3H4K

Os jovens aterraram em Espanha na passada quinta-feira, mas com marcas de uma experiência que se tornou inesquecível pelas piores razões.

De acordo com o jornal El Mundo, Flor – nome fictício – foi vítima de abusos sexuais durante uma festa na piscina.

“Fui à casa de banho sozinha e quando saí tinha cinco homens a agarrarem-me. Consegui sair dali e fui para outra zona da festa, mas muitos dos rapazes locais seguiram-me”, conta.

“A uma amiga um arrastou-a até a uma esquina e começou a tocar-lhe. Ficou muito nervosa, mas conseguiu sair dali a correr enquanto chorava. Depois teve um ataque de ansiedade sem receber nenhuma atenção por parte da organização”, acrescenta a jovem.

Gemma, de 20 anos, conta ao diário que “não existiam projetos, nem oficinas”, que “basicamente não havia nada para fazer”.

As jovens revelaram também que tinham que tomar conta de si próprias, mesmo os menores, e que foram perseguidas por jovens locais.

A alimentação, contam, era sempre a mesma, mas apenas cinco dias por semana, quando a oferta falava em todos os dias.

O grupo está agora a preparar uma queixa coletiva por fraude contra a organização, além de reclamarem o dinheiro a Yago Zarroca Mompara, apontado como o responsável da organização.

Redação

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