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Abuso de menores: Polanski não regressa aos EUA, diz a Polónia

roman polanksi

Os EUA pediram a extradição de Roman Polanski, o realizador que a justiça norte-americana quer julgar por abuso sexual de uma menor, mas a Polónia rejeitou. É “inadmissível”, deliberou o juiz polaco que teve de ser pronunciar sobre o caso.

Mais uma vez, os EUA não conseguem fazer cumprir a extradição de Roman Polanski: depois da Suíça, em 2010, agora foi a Polónia a dizer “Não” ao pedido da justiça norte-americana.

Aproveitando a estadia de Polanski na Polónia, onde se encontra a realizar o próximo filme, a justiça norte-americana pediu a extradição do cineasta para o levar a julgamento por um alegado crime cometido em 1977.

Nesse ano, o realizador ‘oscarizado’ pelo filme ‘O Pianista’ teve relações sexuais com uma menor. Roman Polanski, que chegou a estar 42 dias preso, admitiu o facto, mas rejeitou as acusações de abuso sexual da menor e alegou que, no momento, estava sob a influência de álcool e drogas.

Para o juiz polaco que analisou o pedido de extradição, a mesma seria “inadmissível”, segundo a citação feita pelo The Guardian.

O mesmo jornal sustenta que os EUA podem recorrer desta deliberação e que o cineasta, com dupla nacionalidade (é francês e polaco), poderá ter de fugir da Polónia caso o partido que venceu as recentes eleições legislativas avance com a anunciada reforma legal.

Um dos tópicos dessa reforma é a autorização da extradição em determinados casos, com o Polanski a ter servido de exemplo durante a campanha.

“Não podemos dar tratamento diferente a alguém pelo fato de ser um realizador de cinema famoso. A justiça tem que ser igual para todos”, afirmou Jaroslaw Kaczynski, a líder do partido que triunfou nas legislativas.

Na França, onde o realizador vive, a lei não permite a extradição dos cidadãos.

Em 2010, Polanski foi preso, em Zurique (Suíça), onde cumpriu nove meses de prisão domiciliária. Ao fim desse período, a justiça suíça rejeitou o pedido de extradição e libertou-o.

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