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Abertura das assembleias de voto para as legislativas no Camboja

As assembleias de voto abriram hoje no Camboja para as eleições legislativas, nas quais o favorito é o partido no poder de Hun Sen, dada a ausência do principal movimento da oposição, ilegalizado em novembro passado.

“Todas as assembleias de voto abriram às 07:00” (00:00 em Lisboa), declarou um porta-voz da comissão eleitoral cambojana. Os resultados provisórios deverão ser anunciados durante a noite.

O primeiro-ministro, Hun Sen, está no poder há 33 anos e o seu Partido do Povo Cambojano (PPC) venceu todas as eleições desde 1998.

Mais de oito milhões de eleitores estão recenseados e 80 mil polícias foram mobilizados para garantir a segurança do escrutínio, com as autoridades a garantirem estarem prontas para “impedir qualquer ato terrorista e de caos político”.

Na sexta-feira, perante milhares de apoiantes concentrados na capital para um comício de final de campanha, Hun Sen declarou que o “PPC continuará vitorioso” nas eleições e sublinhou ter tomado “medidas legais para eliminar os traidores que tentavam derrubar o Governo”.

Em novembro passado, a principal força da oposição, o Partido de Salvação Nacional do Camboja, foi ilegalizado e o líder, Kem Sokha, detido.

A oposição pediu um boicote às legislativas e taxa de abstenção é uma das incógnitas deste escrutínio, que não contou com o apoio financeiro dos Estados Unidos e da UE. Em contrapartida, a China, aliada do regime, anunciou o envio de “observadores eleitorais”.

Em 2013, a taxa de participação foi de 69 por cento, de acordo com a comissão eleitoral, e o partido de Kem Sohka conseguiu 44 por cento dos votos, num resultado inesperado para o Governo, que acusou a formação da oposição de estar implicada numa conspiração, com o apoio de Washington, para derrubar o regime.

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