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ABCC9, o gene do sono que determina quantas horas precisamos de dormir

despertadorApetece-lhe destruir o despertador? Relaxe. A culpa é do ABCC9, um gene responsável pelo sono, que está presente em 20 por cento dos europeus e solicita ao corpo mais meia hora de descanso por dia. Esta informação resulta de uma pesquisa que envolveu mais de 10 mil pessoas e que acaba de ser publicada na revista Molecular Psychiatry.

Nem todos os seres humanos necessitam das mesmas horas de sono. Esta realidade era aceite como válida. No entanto, um estudo realizado por investigadores da Universidade de Edimburgo, na Escócia, e da Ludwig Maximilians University, em Munique (Alemanha) vem revelar os motivos desta realidade: o gene ABCC9.

A pesquisa, publicada na revista Molecular Psychiatry, analisa apenas cidadãos europeus, mas permite concluir que este gene não está presente no corpo de todos eles e tem ligação direta com as horas de sono de que o corpo humano necessita.

Os investigadores, que avaliaram quase 10 mil pessoas do Velho Continente, revelam que são cerca de 30 minutos diários a mais, nos ‘portadores’ do gene, tempo de sono que quem não tiver o ACCC9 dispensa.

Mas não está em causa apenas o tempo que necessitamos de dormir. Esta descoberta, segundo os investigadores escoceses e alemães, representa um avanço significativo, tendo em vista a compreensão do sono no corpo humano.

As perturbações do sono são uma preocupação crescente, mas a verdade é que as ‘vítimas’ deste problema se recusam a alterar os seus hábito: dormem pouco porque definiram um estilo de vida que impede um sono regrado.

Dormir menos do que o necessário “tem um risco aumentado de hipertensão arterial, diabetes, insucesso escolar, depressão, obesidade e insónia”, avisa a neurologista Teresa Paiva, que recentemente fez um estudo nesta área, nas escolas portuguesas.

Conheça os resultados desse estudo

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