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Abate de centenas de sobreiros em Parque Natural considerado ilegal pela Quercus

sobreirosO abate de centenas de sobreiros na Herdade do Leonardo, que se estende entre o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, está a ser denunciado pela Quercus como ilegal, com a associação a criticar a falta de fiscalização efetiva.

O “abate ilegal de centenas de sobreiros” no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, a ocorrer há várias semanas na Herdade do Leonardo, foi denunciado pela Quercus, em comunicado. “Não obstante termos conhecimento da existência de uma autorização para abate de 120 sobreiros secos, verificámos que foram abatidos, pelo menos, cerca de 300 sobreiros verdes sem qualquer autorização e também diversos carvalhos portugueses”, referiu a associação ambientalista.

Em causa estariam “vários sobreiros verdes cintados pelo proprietário, que serviam de indicação para o prestador de serviço efetuar o corte, mesmo sem qualquer autorização legal”, sendo uma evidência do “descontrole da atividade de comércio de lenhas”. Referindo a presença no local de um “semirreboque carregado de troncos de sobreiros, com folhagem verde, que não foi preventivamente apreendido pelas autoridades conforme o disposto na legislação”, a Quercus exigiu uma “atuação imediata das entidades competentes para repor a legalidade”.

O alegado abate ilegal estará a ocorrer na Herdade do Leonardo, que compreendeu uma área de cerca de 120 hectares, junto a Troviscais, no concelho de Odemira. Esta propriedade, segundo a associação, localiza-se no interior do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, regida por proteção parcial e que integra o Sítio de Importância Comunitária da Rede Natura 2000 – Costa Sudoeste.

O Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da GNR e o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) foram alertados para o sucedido. “Apesar de alegadamente a situação ser do conhecimento destas entidades, o abate prosseguia sem que fosse apreendida a maquinaria utilizada na ação”, acrescentou a Quercus, no mesmo comunicado.

Para a associação, “Este atentado”, no entender da associação, revela “a falta de fiscalização efetiva para impedir os abates da floresta protegida” e a “incapacidade do Estado para travar algumas ações ilegais que, infelizmente, ainda se continuam a verificar em território nacional”. Por isso, a Quercus prometeu ficar atenta a uma “eventual atribuição de apoios públicos a projetos agroflorestais a decorrer na Herdade do Leonardo”.

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