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Abanca é “entidade conhecida” que dá indicações de ser “credível”

O governador do Banco de Portugal (BdP), Carlos Costa, afirmou hoje no parlamento que não há motivo, “à partida”, para achar que o Abanca, que deverá comprar 95% do EuroBic, “não é um adquirente credível”.

“Estamos perante uma entidade conhecida, supervisionada pelo Banco de Portugal, Banco de Espanha e Banco Central Europeu. E esse contexto, à partida, não condiciona em nada as condições para admitirmos que não é um adquirente credível”, afirmou Carlos Costa aos deputados.

Em audição na Comissão de Orçamento e Finanças (COF) da Assembleia da República, o governador do Banco de Portugal considerou, referindo-se à venda do EuroBic ao Abanca, que é uma operação “muito importante do ponto de vista da salvaguarda da estabilidade financeira”, para a qual pediu “alguma delicadeza”.

Carlos Costa relembrou que o Abanca “recentemente comprou a rede de Espanha da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que antes tinha comprado a rede do Deutsche Bank em Portugal, e que em todos esses momentos foi submetida a critérios de avaliação de idoneidade”.

O governador assinalou que a operação de venda é “privada, entre acionistas e uma entidade adquirente”.

Questionado pelo deputado do PCP Duarte Alves sobre o preço de venda do banco, que foi noticiado pela imprensa que rondava os 250 milhões de euros, o governador afirmou não ter nenhuma informação, mas admitiu que os números referidos pelo deputado “estão em linha com o ‘price to book value'”, índice usado para comparar o valor de mercado atual de uma empresa e o seu valor no balanço.

O banco espanhol Abanca chegou a acordo para comprar 95% do capital do português EuroBic, aguardando apenas as autorizações das autoridades regulatórias, anunciou em 10 de fevereiro a entidade bancária espanhola.

“O Abanca acordou a compra de 95% das ações do EuroBic. O Banco de Portugal foi informado em detalhe dos termos da operação”, revelou o Abanca em comunicado à imprensa.

O principal caso à volta dos Luanda Leaks está relacionado com ordens de transferência de uma conta da Sonangol no EuroBic, sediado em Lisboa, para uma empresa ‘offshore’ no Dubai, alegadamente controlada por Isabel dos Santos, acionista do banco, no montante de cerca de 90 milhões de euros, em cerca de 24 horas, num período de tempo que se seguiu à demissão da empresária da liderança da petrolífera angolana.

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