Os regulamentos proíbem que uma equipa entre descalça, mas o Sporting de Braga tem mesmo de jogar em Marselha sem as chuteiras. A UEFA não aceitou a hipótese do jogo não se realizar apesar do equipamento dos guerreiros do Minho ter sido roubado do estádio.

A ordem é da UEFA: o Sporting de Braga tem mesmo de entrar em campo, esta tarde, para enfrentar o Marselha, na Liga Europa.

A hipótese do jogo ser adiado foi motivada pelo assalto de ontem ao Estádio Vélodrome, com o equipamento dos guerreiros do Minho – chuteiras incluídas – a ‘desaparecer’ misteriosamente do balneário.

O Sporting de Braga até pode jogar sob protesto, mas mesmo sem chuteiras tem de estar no relvado às 19h00 locais, menos uma em Portugal continental.

“Os dois clubes estão a trabalhar em conjunto para encontrar uma solução, por exemplo, substituir as chuteiras. O jogo vai ocorrer como marcado, às 19h00”, afirmou uma fonte da UEFA que a Lusa citou sem identificar.

As chuteiras e outras peças de equipamento foram furtadas durante a noite, horas depois dos guerreiros do Minho terem feito o treino de adaptação ao relvado do Vélodrome.

“Estamos a falar de dois, três pares de chuteiras por jogador”, acrescentou a mesma fonte: “A única solução, na impossibilidade de mandar vir de Braga, seria ir comprar novas”, uma ideia que motivou fortes protestos, dado o risco de lesões associados ao uso de chuteiras novas.

O assalto ocorreu no segundo maior estádio de França e um dos que, no próximo ano, vai receber o Campeonato da Europa. Foi, alegadamente, por causa das obras de beneficiação que decorrem na estrutura que o sistema de videovigilância estava desligado ontem à noite.

A mesma fonte da UEFA salientou que a polícia francesa já está a investigar o incidente.

Ao nível financeiro, o material roubado terá sido avaliado em quase dez mil euros.