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A tripulação do navio aprisionado pelo Irão “está segura”, avança a Maersk

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A tripulação do ‘Maersk Tigris’, o cargueiro ontem aprisionado por cinco navios do Irão junto ao Estreito de Ormuz, “está segura”. A informação foi avançada pela empresa dinamarquesa proprietária da embarcação, a Maersk, que ainda desconhece “a razão por detrás da apreensão”.

Os tripulantes do ‘Maersk Tigris’, o cargueiro com pavilhão das ilhas Marshall ontem aprisionado pela marinha do Irão, estão bem, “apesar das circunstâncias”.

A garantia foi deixada pela empresa proprietária do navio, a Maersk, através de um comunicado.

“Estamos em contacto permanente e satisfeitos por saber que a tripulação está segura e, dadas as circunstâncias, com bom ânimo”, referiu o gigante dinamarquês de transporte em contentores.

De acordo com a nota, a Maersk desconhece os motivos que levaram o Irão, com cinco vasos de guerra, a aprisionar o cargueiro em águas internacionais, junto ao Estreito de Ormuz.

“Continuamos nossos esforços para obter mais informações sobre a apreensão das autoridades iranianas – em águas internacionais – do ‘Maersk Tigris’. Não podemos neste momento estabelecer ou confirmar a razão por trás da apreensão”, referia o texto.

A empresa acrescentou que está em contacto com o Ministério dos Negócios Estrangeiros dinamarquês no sentido de libertar o navio e a tripulação.

Já a imprensa iraniana (controlada pelo regime) avança com uma explicação: a marinha do Irão, que terá agido em águas iranianas, terá cumprido uma determinação judicial, na sequência de um processo por dívidas apresentado por uma empresa privada do país.

De acordo com o coronel Steven Warren, porta-voz do Pentágono, o ‘Maersk Tigris’ terá sido desviado junto ao estreito de Ormuz para um porto iraniano nas proximidades da ilha de Larak.

O cargueiro terá sido intercetado por volta das 9h00 (10h00 em Portugal continental) de ontem por cinco navios iranianos, um dos quais terá dado ordens para que a tripulação apontasse o rumo à ilha de Larak.

Como o capitão terá rejeitado a ordem, os vasos de guerra iranianos terão disparado tiros de intimidação, forçando o ‘Maersk Tigris’ a obedecer e seguir “para águas iranianas perto da ilha Larak”, ainda de acordo com Steven Warren.

Um contratorpedeiro dos EUA que estava na zona recebeu de imediato ordens (por parte do Pentágono) “para avançar rapidamente para a localização mais próxima” do cargueiro.

Ainda segundo o coronel, foram também enviados vários caças militares para monitorizar a situação.

O incidente ocorreu num momento em que ocorre uma guerra civil no Iémen, com a Arábia Saudita (aliado dos EUA) a apoiar o regime a conter a rebelião dos huthi, alegadamente financiados e armados pelo Irão.

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